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O Vai E Vem Do Verso

O Vai E Vem Do Verso
(Gilberto Trindade, Volmir Coelho)

Meu verso vem dos escampos
Rangindo basto e carona
Pra se benzer no galpão
Com o chiado da cambona
Vem da grota onde o cardeal
Por cantor afina o canto
Saudando a luz das estrelas
Que a noite tece no manto
Vive agarrado na quincha
Junto ao breu do picumã
E canta nas madrugadas
Pra acordar o sol da manhã

Não empresto esse meu verso
Pois ele e tudo que tenho
Vivo dele e ele de mim
Toureando os mesmos anseios
E só pra quem sabe escutar
A gente salta do arreio

Meu verso vem rédea solta
Qual o cantar das cigarras
Pampa adentro e tempo afora
Nas notas da minha guitarra
Vem das páginas da história
Na sombra do meu cavalo
Cantando as dores e amores
Do coração do meu pago
E se um dia perder o entono
Pras garras da evolução
Eu boto a alma na estrada
Pra campear outra missão