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Vento Minuano


Vento Minuano
(Joel Marques)

Eu nasci lá no Rio Grande no sul do meu país
Gauderiando pelos pagos na terra plantei raiz –
Eta saudade danada do povo que lá deixei,
Do meu pai e da minha mãe e da mulher que amei!

Ei, Vento Minuano
Cansei de viver vagando quero ouvir o teu cantar
Ei, vento mensageiro,
Negrinho do Pastoreio prenda minha vou voltar!

Os campos da minha terra parecem um lençol dourado
Do trigo todo plantado, ondulando pelos pampas
Quero-quero das coxilhas cantando ao entardecer,
Parece que está chorando saudade de um bem querer!

A distância nos separa meu doce rincão querido,
Mas não estou esquecido, do gosto do chimarrão
E a minha china por perto também não me esqueceu,
Tão logo permita Deus vou voltar pro meu rincão!

Pra Quem Vive Nas Criollas


Pra Quem Vive Nas Criollas
(Nelson Cardoso Menna, Leonardo Borges)

A espora o tento e o reio
Ferramentas de serviço
Dos homens rudes do pago
Que tem a sina do vicio
De montarem aporreado
Pra armarem o reboliço

Pra um ginete agarrado
Pouco importa a ocasião
Se hay clina ou desclinado
Encerdado ou tentão
O que vale é se apruntar
Como manda a tradição

Pra um ginete macharrão
Pouco importa o tombo e a dor
Pra representar a pampa
Com orgulho e com amor
Bandeia todas as fronteiras
Compeando a “volta de honor”

As criollas da fronteira
Trazem “enbrujos” e segredos
Nos berros dos caborteiros
Nas clinas por entre os dedos
Unindo pátrias hermanas
Nos corcoveos desses rudeos

Pra ginetear de grupa
Opiguélo é pequenino
Pra pinchar sobre a paleta
Num estilo correntino
Quando um urco se levanta
E se larga em desatino

Monta bruta de fronteira
Se vem no couro estendido
Levando o potro na rédea
Sem recursos dos estribos
Não é para os sabonetes
La pucha! Nem pros hodidos