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Na Pampa do Coração

Na Pampa do Coração
(João Sampaio, Jorge Guedes)

Gosto "às vez" de emborrachar-me
Com o mais terrunho som
Pealando algum tema nosso
Depois de encontrar o tom
Pa’ no morir  el gaucho que tengo
A caballo en el corazón!

Faço do canto que canto
Minha pampeana oração
Por isso às vezes me ajoelho
Na catedral do galpão
E acordo o Sepé que eu tenho
Sesteando no coração!

Para defender lo nuestro
Soy un cantor sín patrón
No nació maula que pueda
Sacar de adentro a tirón
El índio y el gaucho que tengo
En la pampa del corazón!

Sou da pampa...Sou assim
Mescla de vento e trovão
Eu já fui José Artigas
Depois de ter sido peão
Tengo un bisabuelo gaucho
Mateando no coração!

Tenho algo de Blau Nunes
E de perro chimarrão
Ninguém vai matar em mim
Tudo que herdei do meu chão
Nem o Martín Fierro que eu tenho
Arranchado no coração!

Para defender lo nuestro
Soy un cantor sín patrón
No naciól maula que pueda
Sacar de adentro a tirón
El índio y el gaucho que tengo
En la pampa del corazón!

Tenho um sotaque bilíngüe
E de couro cru um brasão
Muito de Don Segundo Sombra
Que se forjou na amplidão
Cuentos de viejas patriadas
Sorvidos ao pé do fogão
Paisanos y doble-chapas
Missioneiros de prontidão
Caudilhos no lombo da história
Fazendo patria e nação
Tenho tudo isso chamigo
E além disso meu irmão
Tenho um Noel Guarany
Ajoelhado no coração!

Pra defender o que é nosso
Sou um cantor sem patrão
Ainda não nasceu quem tire
Nem com bala de canhão
O gaúcho e o índio que eu tenho
Na pampa do coração!