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DA ALMA DE UM LANCEIRO

 

TÍTULO

DA ALMA DE UM LANCEIRO

COMPOSITORES

LETRA

IVONIR LEHER

MÚSICA

LUIS FELIPE CORNEL

INTÉRPRETE

LUIS FELIPE CORNEL

RITMO

MILONGA

CD/LP

1º FESTIVAL DA CANÇÃO LANCEIROS DO BATOVI

FESTIVAL

1º FESTIVAL DA CANÇÃO LANCEIROS DO BATOVI

MÚSICOS

 

PREMIAÇÃO

 

 
DA ALMA DE UM LANCEIRO

(Ivonir Leher, Luis Felipe Cornel) 

Fiz de potreiro, as coxilhas do Rio Grande
De berço pátrio os campos do Batovi
Deste mangrulho contemplei vasto horizonte
Bebi da fonte nas águas do Jaguari 

Por estas bandas fui soldado sem quartel
Risquei fronteiras à lança e ponta de adaga
Sina guerreira que herdei de pai p’ra filho
Sangue caudilho que a memória não apaga 

Servi às hostes da velha Cavalaria
Gastando estribo fui lanceiro e domador
P’ra João Propício amansei um pingo tordilho
Bom de lombilho trote manso e marchador 

Peleando junto com Osório, o legendário
Em Paysandu, meu sangue foi derramado
Nasci da terra e a terra me fez mortalha
Porém minh’alma não deixou de ser soldado
 
Nas noites claras rondo o velho Regimento
Quando o lamento do minuano faz ponteio
A um relincho perdido na madrugada
Campeando “as casa”, p’ra desencilha do arreio 
 
 

 


LUZ E SONHO A CRIAÇÃO DO PAMPA

 

TÍTULO

LUZ E SONHO A CRIAÇÃO DO PAMPA

COMPOSITORES

LETRA

PAULO CÉSAR RIGHI

PIERO ERENO

MÚSICA

PAULO CÉSAR RIGHI

PIERO ERENO

INTÉRPRETE

EMERSON MARTINS

RITMO

MILONGA

CD/LP

04º MINUANO DA CANÇÃO NATIVA

FESTIVAL

04º MINUANO DA CANÇÃO NATIVA

MÚSICOS

ARISON MARTINS – PERCUSSÃO E EFEITOS
DIOGO MATOS – TECLADOS
EMERSON OLIVEIRA – VIOLÃO
TUNY BRUM – VIOLÃO
FELIPE FAÍSCA – BAIXO
PAULINHO GOULART – ACORDEON

PREMIAÇÃO

MELHOR INSTRUMENTISTA – PAULINHO GOULART

 

Luz e Sonho a Criação do Pampa

(Paulo César Righi, Piero Ereno)

 

Um dia, o criador soprou o minuano

E o que era tapera tornou-se querência

As notas libertas nas cordas do tempo

Tocaram ao vento o som da existência

 

E todo silêncio se fez luz e sonho

Presságios de um mundo de amor e magia

As vozes da vida semearam futuro

E a terra gaúcha nasceu nesse dia.

 

Então o minuano soprou mundo a fora

Erguendo coxilhas e o pampa sulino

Surgiram os campos, o céu, e um rio grande

E força de um povo buscando destinos.

 

Por isso que quando o minuano assovia

Nas frestas das tábuas de cada galpão

Em cada gaúcho renasce este pampa

E dentro do peito o amor a este chão

(É só o minuano assoviar a canção)

 

Fagulhas do sol, pela força do vento

Desceram pros ranchos num fogo de chão

E outras mais claras cobriram a terra

Pintando as estrelas no céu do rincão.

 

Então o minuano num sopro mais forte

Criou o horizonte tão vasto e disperso

Que assim, se os gaúchos tentassem buscá-lo

Iriam, por fim, encontrar o universo




QUANDO UM MATA MAS OS DOIS MORREM

 

 

TÍTULO

QUANDO UM MATA MAS OS DOIS MORREM

COMPOSITORES

LETRA

GUILHERME COLLARES

MÚSICA

ZULMAR BENITES

LISANDRO AMARAL

INTÉRPRETE

MARCELO OLIVEIRA

RITMO

MILONGA

CD/LP

19º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA

FESTIVAL

19º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA

MÚSICOS

LISANDRO AMARAL - RECITADO E VOCAL

GUILHERME COLLARES - VIOLÃO E VOCAL

ZULMAR BENITEZ - VIOLÃO E VOCAL

CRISTIAN CAMARGO – GUITARRON

RODRIGO MAIA – BAIXO

ALUISIO ROCKEMBACH - ACORDEON

 

PREMIAÇÃO

1º LUGAR

MELHOR INTÉRPRETE – MARCELO OLIVEIRA 

 

QUANDO UM MATA MAS OS DOIS MORREM
(Guilherme Collares, Zulmar Benites, Lisandro Amaral)

"O punhal no sangrador, pele de encontro com o couro.

E por um simples instante dois corações batem juntos num estertor crepitante.
Um vai morrer... Já e pronto.
Mas no peito do que mata, mas no peito do que mata, o coração morre um pouco."
 
Um é cavalo o outro é homem
no centauro da planura Dois seres fundem-se em um
Por isso a faca que mata aquele que está quebrado
Mata também um pedaço da alma do que matou um ser sem pecado algum
 
O pecado sugerido é ter nascido cavalo
É saber que a humanidade o chama de irracional
Ser taxado de animal por quem rouba, estupra e mata
Sem ter desculpa maior que uma mente racional
 
Dizem que bicho não pensa
Mas homem será que sim?
Sou eu quem trabalha duro
Mas a ponta desta adaga termina cravada em mim
 
E o meu bom Deus que comanda
Ou não gosta de cavalo, ou gosta da coisa assim
 
"E morrer... E morrer é o de menos, há coisa muito pior...
Ser espancado, ferido, machucado e ofendido por quem usa seu esforço para sustento e lazer. 
O cavalo, o cavalo então pergunta, pois necessita saber"
 
Dizem que bicho não pensa
Mas homem será que sim?
Sou eu quem trabalha duro
Mas a ponta desta adaga termina cravada em mim
 
E o meu bom Deus que comanda
Ou não gosta de cavalo, ou gosta da coisa assim
 
Mas no peito do que mata
Se for gaúcho e campeiro
Fica cravado uma estaca
Mais mortal que a punhalada
Que sangrou o companheiro
Dor da perda de um amigo
De aliviar sofrimento assassinando o parceiro
Dizem que bicho não pensa



O TEMPO E O VENTO

 

 

TÍTULO

O TEMPO E O VENTO

COMPOSITORES

LETRA

RODRIGO BAUER

MÚSICA

XUXU NUNES

DIONATHAN FARIAS

MIGUEL MARQUES

INTÉRPRETE

MIGUEL MARQUES

FRANCISCO OLIVEIRA

RITMO

MILONGA

CD/LP

21ª SEARA DA CANÇÃO GAÚCHA

FESTIVAL

21ª SEARA DA CANÇÃO GAÚCHA

MÚSICOS

MICHEL NUNES  - VIOLÃO

DIONATHAN FARIAS - VIOLÃO/VOCAL

 XUXU NUNES - BAIXO/VOCAL

OTÁVIO MACHADO - ACORDEON

 

PREMIAÇÃO

MELHOR CANÇÃO

MELHOR CANÇÃO DA LINHA NATIVISTA

MELHOR LETRA

 

O TEMPO E O VENTO

(Rodrigo Bauer, Xuxu Nunes, Dionathan Farias, Miguel Marques)

 

I O Tempo


Venho de antes da primeira estância

Antes, até, do que as navegações...

Antes das horas... De qualquer distância...

Antes da lava levantar vulcões!

 

Trago milênios nos peçuelos cheios...

Eras maduras a me reciclar...

Vem tanta história nesse meu arreio

Que não se cansa de desencilhar!

 

Eu não descanso, eu não tiro férias!

Nada me atrasa... Nem por piedade...

Descem areias por minhas artérias...

Me chamo tempo, noivo da saudade!

 

II O Vento 


Eu vou soprando pelos meridianos

E campereando tantas coordenadas...

Sou brisa mansa, temporal, minuano;

Varrendo as cismas das encruzilhadas!

 

Eu faço a curva do planeta e sigo

Levando sonhos, almas e ideais

Que se perderam pra voar comigo,

Tais como as tropas que não voltam mais!

 

Empurro as portas das taperas frágeis,

Sacando o véu das noites sem amor...

O pampa escuta os meus acordes ágeis...

Eu sou o vento, irmão do corredor!

 

III O Tempo e o Vento 


(Tempo)    Eu faço sentar a poeira...

(Vento)      Comigo, a poeira levanta!

(Juntos)     O tempo acende a boieira

(Juntos)     Cada vez que o vento canta!

 

(Juntos)     O tempo cinzela a pedra

(Juntos)     Com a água que lhe golpeia...

(Juntos)     O vento acompanha a queda,

(Juntos)     Prevendo novas areias...

 

(Juntos)     O tempo, sóbrio e exato...

(Juntos)     O vento, ébrio e pungente

(Juntos)     Amarelando o Retrato...

(Juntos)     Vagando no Continente...