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O TEMPO E O VENTO

 

 

TÍTULO

O TEMPO E O VENTO

COMPOSITORES

LETRA

RODRIGO BAUER

MÚSICA

XUXU NUNES

DIONATHAN FARIAS

MIGUEL MARQUES

INTÉRPRETE

MIGUEL MARQUES

FRANCISCO OLIVEIRA

RITMO

MILONGA

CD/LP

21ª SEARA DA CANÇÃO GAÚCHA

FESTIVAL

21ª SEARA DA CANÇÃO GAÚCHA

MÚSICOS

MICHEL NUNES  - VIOLÃO

DIONATHAN FARIAS - VIOLÃO/VOCAL

 XUXU NUNES - BAIXO/VOCAL

OTÁVIO MACHADO - ACORDEON

 

PREMIAÇÃO

MELHOR CANÇÃO

MELHOR CANÇÃO DA LINHA NATIVISTA

MELHOR LETRA

 

O TEMPO E O VENTO

(Rodrigo Bauer, Xuxu Nunes, Dionathan Farias, Miguel Marques)

 

I O Tempo


Venho de antes da primeira estância

Antes, até, do que as navegações...

Antes das horas... De qualquer distância...

Antes da lava levantar vulcões!

 

Trago milênios nos peçuelos cheios...

Eras maduras a me reciclar...

Vem tanta história nesse meu arreio

Que não se cansa de desencilhar!

 

Eu não descanso, eu não tiro férias!

Nada me atrasa... Nem por piedade...

Descem areias por minhas artérias...

Me chamo tempo, noivo da saudade!

 

II O Vento 


Eu vou soprando pelos meridianos

E campereando tantas coordenadas...

Sou brisa mansa, temporal, minuano;

Varrendo as cismas das encruzilhadas!

 

Eu faço a curva do planeta e sigo

Levando sonhos, almas e ideais

Que se perderam pra voar comigo,

Tais como as tropas que não voltam mais!

 

Empurro as portas das taperas frágeis,

Sacando o véu das noites sem amor...

O pampa escuta os meus acordes ágeis...

Eu sou o vento, irmão do corredor!

 

III O Tempo e o Vento 


(Tempo)    Eu faço sentar a poeira...

(Vento)      Comigo, a poeira levanta!

(Juntos)     O tempo acende a boieira

(Juntos)     Cada vez que o vento canta!

 

(Juntos)     O tempo cinzela a pedra

(Juntos)     Com a água que lhe golpeia...

(Juntos)     O vento acompanha a queda,

(Juntos)     Prevendo novas areias...

 

(Juntos)     O tempo, sóbrio e exato...

(Juntos)     O vento, ébrio e pungente

(Juntos)     Amarelando o Retrato...

(Juntos)     Vagando no Continente...




AOS TEUS OLHOS DE MENINA

TÍTULO
AOS TEUS OLHOS DE MENINA
COMPOSITORES
LETRA
NENITO SARTURI
IVO BRUM
MÚSICA
MIGUEL MARQUES
INTÉRPRETE
MIGUEL MARQUES
RITMO
CANÇÃO
CD/LP
14º CARIJO DA CANÇÃO GAÚCHA
FESTIVAL
14º CARIJO DA CANÇÃO GAÚCHA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
1º LUGAR


AOS TEUS OLHOS DE MENINA
(Nenito Sarturi, Ivo Brum, Miguel Marques)

Onde andará a menina, que o tempo envelhece
Onde andarão os seus olhos, para a alegria dos meus?
Mesmo longe eu estou perto através dos olhos seus
Será que amenina enxerga quanto enxergo eu?

E quando me encontro assim, peregrinando horizontes
Percebo um pouco de mim nesses seus olhos brilhantes
Ah menina dos meus olhos, deito meus olhos nos teus
Pois através do teus olhos me vejo perto dos meus.

Toda vez que eu olho o campo por onde a vejo passar
A saudade desce um manto nos confins do teu olhar
Eu sei que não deveria ter apego a este olhar
E fazer-se a fantasia, e de sempre a me rondar.

Então me escondo sozinho nos olhos dessa pequena
E me entrego um pouquinho à nostalgia terrena
Ah menina dos meus olhos, deito meus olhos nos teus
Pois através do teus olhos me vejo perto dos meus.



NAS VARANDAS DA SAUDADE

Título
NAS VARANDAS DA SAUDADE
Compositores
Túlio Souza
Arison Martins
Intérpretes
Miguel Marques
Ritmo
Milonga
CD/LP
                      23ª Tertúlia Musical Nativista
Festival
                      23ª Tertúlia Musical Nativista
Declamador

Amadrinhador


Nas Varandas da Saudade
(Túlio Souza, Arison Martins)

Na varanda da saudade
Este mate é mais comprido
E o silêncio é tão denso
Que fere até os ouvidos.

Tem um cusco enrodilhado
Dormindo de olhos abertos,
Feito a ausência-presente
De quem longe está por perto.

Uma cadeira vazia
Na varanda da saudade
Deixa falando sozinho
Pela falta da metade.

Umas lembranças pastando
Neste potreiro da frente
E as cercas que não atacam
Os devaneios da gente.

Existem muitas varandas,
Cada qual com a sua saudade.
Tem muito amor sem metade,
Tem muita flor sem espinho
E tantos mates sozinho
Nas varandas da saudade!



Quitandeira

Quitandeira
(Sadi Machado, Miguel Marques)

Quitandeeeiraaa!

De trança comprida e seu chapéu de palha
Numa gueixa baia já de lombo arcado
Vai entrando cedo, é segunda-feira
Velha quitandeira chega no povoado

Entra no povo planejando a venda
Lembra as encomendas da última viagem
Lá na hospedagem da velha Ritoca
Moranga e mandioca e o feijão-de-vagem

A quitanda pesa, a gueixa amiúda o trote
Ela lembra o piazote de colo que mama
Que ficou em casa pra mana cuidar
Mas quando acordar, ele chora e lhe chama

Quando vende cedo, foi bem de quitanda
Agradece a Deus a sorte que tem
Lá no bolicho do velho Miranda
Já tratou uns queijos pra viagem que vem

E volta feliz porque a vida é bela
Já comprou de vinda o que estava faltando
Erva de mate, sal e querosene
E a canha pro velho que ficou plantando

Quando vende cedo, foi bem de quitanda
Agradece a Deus a sorte que tem
Lá no bolicho do velho Miranda
Já tratou uns queijos pra viagem que vem

E volta feliz porque a vida é bela
Já comprou de vinda o que estava faltando
Erva de mate, sal e querosene
E a canha pro velho que ficou plantando


Repassando A Vida

Repassando A Vida
(Helena Fontana, Miguel Marques)

Paro no tempo pra rever os tempos idos
E um a um emendo os pedaços da vida
Revejo os planos, os acertos, os enganos
Busco a certeza de que a vida é bem vivida

Sonhos ariscos que plantei nunca vingaram
Mas muitos outros vou colhendo vida à fora
Com a paciência de que refaz experiências
Replanto sonhos pra colher novas auroras

Quem planta flores nos beirais dos corredores
Colhe perfume refazendo os caminhos
Viver é arte e quem reparte a caminhada
No fim da estrada nunca chegará sozinho

Há um sorriso que me anima a prosseguir
E uma vida nova para ensinar
Que os horizontes lá distantes pedem asas
Mas é preciso pés no chão para andar

E se o caminho é bem longo pra quem vai
E muito mais pra quem precisa retornar
Por isso olho o que andei e sigo adiante
Na esperança de chão pra caminhar



REPASSANDO A VIDA – Os Garotos de Ouro Letra Helena Fontana Música Miguel Marques by Helena Fontana 1

Tempo Novo

Tempo Novo
(Helena Fontana, Miguel Marques)

Busquei nos livros nas histórias dos avós
Datas e fatos me encontrei com nossa história
Eu sei de índios, Jesuítas e bandeiras
E vi que o tempo envelhece com memória

As sesmarias as estâncias os saladeiros
Léguas de chão cavalo bom as tropeadas
Sei de peleias pela posse das fronteiras
Sei de fandangos, jogo de osso e carreiradas

Minhas raízes minha origem não renego
Mas meu presente é que vai fazer meu tempo
Alicerçado no passado sigo em frente
Meu tempo é hoje e eu preciso estar atento

E hoje a fome ronda os homens pelos ranchos
Homens caranchos roubam o pão dos seus irmão
Peões sem fletes, sem tropeadas, sem ter nada
E essas lutas por um pedaço de chão

Pairam nos ares ameaças nucleares
Sei que os mais fortes dão as cartas nesse jogo
Quem só enxerga o passado não quer ter
Olhos abertos para ver um tempo novo.



TEMPO NOVO – Ivonir Machado e Os Garotos de Ouro Letra Helena Fontana Música Miguel Marques by Helena Fontana 1

Tumbeiro

Tumbeiro
(Helena Fontana, Miguel Marques)

Vou encurtando caminhos
No lombo do meu ruano
Curtindo sol e mormaço
Geada e vento minuano

Nos tentos restos de amores
De algumas chinas que tive
Maneias que não maneiam
Quem nasce para ser livre

Tiro tentos de saudade
Lonqueando recordações
Deixo laços de amizades
No entrevero dos galpões

Carrego um pouco de lua
No tordilho da melena
E o rebenque da experiência
Deu-me a estampa serena

No sossego das estâncias
Solto pra invernada o pingo
Faço cordas, domo   potros
Dois meses e estou partindo

E trago dentro de mim
A gana de gauderiar
Sem rumo busco meu rumo
Um dia vou me encontrar

Ainda faço querência
Neste viver estradeiro
E mato a sede andarenga
Do meu destino tumbeiro


TUMBEIRO - Miguel Marques e Helena fontana. by Helena Fontana 1

Léguas De Ausência

Léguas De Ausência
(Helena Fontana, José Alves Camargo)

Tive a imensidão dos campos
E a liberdade dos livres
O espelho das águas claras
E um céu azul, também tive

Amiga, a mãe Natureza
Me ofereceu seus brinquedos
O dia sempre uma festa
A noite sonhos sem medo

Upa-upa cavalinho
Corcoveando no capim
E o rebenque de alecrim
Assoviando no ar
Assim aprendi a montar
Meu cavalo de madeira
Enfrenei, corri carreiras
Num tempo só de brincar

Hoje a chuva molha as ruas
Empoeiradas da cidade
Trazendo um cheiro de infância
Carregado de saudade

São formas, cores, sabores
Que lembro tão bem ainda
A estância da minha infância
Seu mato, rio e cacimbas

Qualquer dia tomo a estrada
E rumo para a querência
Enrodilhando a saudade
De muitas léguas de ausência

Vou rever a casa grande
O jardim o arvoredo
Sentir o cheiro do pasto
Beber apojo bem cedo

Upa-upa cavalinho... 



LÉGUAS DE AUSÊNCIA - Miguel Marques e Garotos de Ouro Letra Helena Fontana Música José A. Camargo by Helena Fontana 1

Caminhos

Caminhos
(Helena Fontana, Miguel Marques)

Um dia a estrada que eu trilho
Vai encontrar o horizonte
Lá longe por trás dos montes
Onde os caminhos terminam
Mas há de restar-me ainda
Toda a distância da volta
Caminhador não se importa
Se a estrada começa ou finda

E eu voltarei eu sei
Pois ir e voltar
É pra quem sabe andar
E eu sei eu sei, eu voltarei eu sei

Serei um facho de lua
Prateando as sesmarias
A madrugada que espia
O chimarrear da peonada
Nas auroras coloradas
A festa nos arvoredos
O sol bebendo bem cedo
Claras manhãs serenadas

E eu voltarei eu sei....

E quando a tarde serena
Esconder-se no poente
Ausente estarei presente
À terra que amo tanto
Entreverado ao canto
Da passarada que o vento
Espalha como um lamento
Na sinfonia dos campos

E eu voltarei eu sei....




CAMINHOS - Letra Helena Fontana- Música Miguel Marques- Interpretação Miguel Marques by Helena Fontana 1

Em Outra Vida Quem Sabe


Em Outra Vida Quem Sabe
(Dilamar Costenaro, Miguel Marques)

Esta noite meu filho, contigo sonhei,
Te via correndo feliz a brincar,
Nesse sonho não tinha doença nem dor,
Tão pouco motivo algum pra chorar.

Em teu rosto um largo sorriso menino,
E nos olhos o brilho da luz do luar,
Quem sabe eu durma pra sempre meu filho,
Porque desse sonho não quero acordar.

Será que a vida nos dará outra chance,
Onde eu possa dizer que te amo de vez,
Quem sabe andar de mãos dadas contigo,
Trocarmos segredos e sermos amigos,
Ou brincar de ser pai e filho outra vez...

No caminho ficaram os planos e sonhos,
A longa estrada tão cedo findou...
Gostaria que Deus mandasse de volta,
O meu filho amado, que Ele levou.

Sigo em frente sem perder o meu rumo,
A luz do teu brilho guiando meus passos,
Do céu me inspira escrever poesia,
Te vejo em cada poema que faço!