Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Matheus Costa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Matheus Costa. Mostrar todas as postagens

DAQUELE ABRAÇO

TÍTULO

DAQUELE ABRAÇO

COMPOSITORES

LETRA

MATHEUS COSTA

MÚSICA

ALEX HAR

INTÉRPRETE

ALEX HAR

RITMO

MILONGA

CD/LP

FESTIVAL

1ª REDOMONA DA CANÇÃO CRIOULA

DECLAMADOR

AMADRINHADOR

PREMIAÇÕES

1º LUGAR

MELHOR INTÉRPRETE

 

DAQUELE ABRAÇO

(Matheus Costa, Alex Har)

 

O valor daquele abraço que não dei, hoje faz falta…

E o tempo cobrou-me o preço nas saudades que senti.

Uma lembrança apertada, da garganta quase salta…

E o silêncio, então, pergunta dos meus erros até aqui.

 

...O valor daquele abraço que não dei, está marcado

nas escolhas e caminhos que decido, enfim, seguir;

Mas o tempo é deste jeito, não tem olhos ao passado...

...e a gente só se dá conta quando é hora de partir!

 

...O valor daquele abraço que não dei, é do tamanho

das ausências que carrego quando encontro a solidão;

Eu procuro o mesmo abraço junto aos braços dos estranhos

mas nenhum deles alcança, neste afago, o coração!

 

...O valor daquele abraço que não dei, está presente

nos segredos que a estrada não revela pra ninguém;

Muito embora, quem esqueça tenha cismas diferentes,

a distância de um abraço sempre vai lembrar alguém!

 

...O valor daquele abraço que não dei, é companheiro

das antigas incertezas que costumam me rondar;

Compreendê-lo me protege - dessas cismas - por inteiro,

curando restos de mágoas, pra o perdão me iluminar.

 

...Recordar aquele abraço que não dei, agora ensina

que a razão de cada encontro tem valor que não se apaga.

Pois, se a vida é uma passagem, que pra alma não termina…

...o valor daquele abraço, dinheiro nenhum me paga!!




CINAMOMO

TÍTULO
CINAMOMO
COMPOSITORES
LETRA
MATHEUS COSTA
MÚSICA
ALEX HAR
INTÉRPRETE
ALEX HAR
RITMO
MAZURCA
CD/LP
07º LEVANTE DA CANÇÃO GAÚCHA
FESTIVAL
07º LEVANTE DA CANÇÃO GAÚCHA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
1º LUGAR


CINAMOMO
(Matheus Costa, Alex Har)

Já se vai mais um outono
E teu cerne – cinamomo –
Não padece diante ao tempo.
Como perdemos amores
Tu perdes folhas e flores
Pela insensatez do vento.

A raíz que tens no chão
Mal comparo a um coração
Que bate cicatrizado.
E se agora és claridade
Chora a sombra – tua metade
Desde que foste plantado –

Do que sinto, cinamomo
Eu também nunca fui dono...
...restou-me o viver vazio.
– Me desfolhei em sorrisos
E tu, no corte preciso
Dos machados de bom fio.

Viverás além de mim
Ou encontrarás teu fim
Muito antes, em verdade.
Pois chegadas e partidas
São o que fazem a vida
Ser eterna nas saudades.

...Cuida o tempo, cinamomo
Disfarçando o mesmo sono
Que vela o frio das esperas
– Sorte, por algo não cansa
De renovar a esperança
Ao voltar a primavera.

E quando tu foste abrigo
Deixaste marcas comigo
E um tanto desta fragrância
(Que enfeitiça os caminhos)
– Como é lindo andar sozinho
Nos corredores da infância!

...Que pena os rumos mudarem
E muitos sonhos passarem
Num suspiro mais que nada.
E os pés que iam descalços
Pisarem agora infalsos
Temendo as encruzilhadas.

Tu anseias chuvas mansas
E que a terra – por confiança
– Seja santa à brotação.
Pra outra vez, bem copado
Ser testemunha postado
Dos silêncios do rincão.

...Eu anseio novos dias
Onde tudo de valia
Floresça com humildade.
– Este é o tempo, cinamomo,
À ti, se vai outro outono
E à mim, um ano de idade.

Barro E Fé

Barro E Fé
(Matheus Costa)                                        Amadrinhador: Clênio Bibiano

Tenho a fé e tenho o barro
Alguns palmos sobre o chão,
Uma cruz por paradeiro
E o destino de “Barreiro"
Fez do rancho um coração.

Tenho a fé e tenho o barro
De que mais precisaria?
Se tenho sonhares plenos
E meu mundo bem pequeno
É de tão grande valhia.

Tenho a fé e tenho o barro
Nada mais posso pedir...
Embora o algo que busco
Tenha voado de susto
Sem aviso de partir.

Tenho a fé e tenho o barro
Pra cuidar toda amplidão,
Um vazio de metro e tanto
Relembrando o mesmo canto
Que me fez ser solidão.

Tenho a fé e tenho o barro
Desejar mais é pecado?
Pra um cantador sem guitarra
Que em melodia se agarra
No próprio bico afiado.

Tenho a fé e tenho o barro
Mas quisera cantar mais,
E nesta tremenda luta
Saber se ela me escuta
E sonha cantos iguais.

Tenho a fé e tenho o barro
Tudo aqui ao meu redor,
Mas por falta de carinho
Me tocou viver sozinho
- Dos males, será o menor?

Tenho a fé e tenho o barro
E um par de asas abertas,
Que ruflam, como escondendo
Alguém que canta sofrendo
Por uma mirada incerta.

Tenho a fé por protetora
Pra o barro não ir ao chão,
Pois meu único pertence
É este rancho que vence
Chuva e sol pelo rincão.

Tenho a fé e tenho o barro
O rancho não sucumbiu...
Mas tremeu junto comigo
Quando não deu mais abrigo
Pra “Barreira” que partiu.

Tenho a fé e tenho o barro
Onde ainda canto baixinho,
Pensando nas horas vagas
Se aquela "linda emplumada"
Tem achego em outro ninho.

Tenho a fé e tenho o barro
Vez por outra, milongueiro..
Assim espanto as tristezas
Assoviando as mágoas presas
Pra algum ranchito lindeiro.

Tenho a fé e tenho o barro
Bem de “fronte” ao corredor,
E mesmo tendo este tanto
Peno a ausência do encanto
Que levou de tiro o amor.

Tenho o barro na morada
Quinchada pela ilusão,
E quando a chuva ela escora
Até parece que chora
Por meu destino de “João”.

Tenho a fé junto do peito
Amargo por este pranto...
- Cicatriz que a vida ensina
Quando fecha, vira rima
Pra dar razão à outro canto!


Intérprete: Neiton Bittencourt Perufo