Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Maria Helena Anversa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Maria Helena Anversa. Mostrar todas as postagens

A Paixão De Maria Clara

A Paixão De Maria Clara
(Marcelo D’Ávila, Nilton Junior da Silveira)

Corriam os anos de sangue e degola
Nas lutas mais brutas que o Sul conheceu
E nesse entrevero de morte e tristeza
Em tempos de guerra, o amor floresceu.

A Santa Maria da Boca do Monte -
De federalistas e republicanos –
Foi palco da história de sonho e poesia
De Maria Clara e Júlio Bozano.

O amor é uma planta que exige cuidados,
Que nasce semente e em flor desabrocha;
Assim foi a vida de entrega e paixão
De Maria Clara Mariano da Rocha

Mas a realidade prepara armadilhas
E a guerra não poupa heróis nem amantes:
No tiro certeiro da mão assassina
O jovem Bozano tombou, cambaleante.

A morte maleva cumpriu seu mandado
E o flete do tempo, impassível, passou,
E Maria Clara, fiel ao amado,
Num luto eterno jamais se casou.

O amor é uma planta que exige cuidados,
Que nasce semente e em flor desabrocha;
Assim foi a vida de entrega e paixão
De Maria Clara Mariano da Rocha

A dor e a tristeza tornaram-se força
E a moça buscou por um novo ideal
Nos bancos e livros da universidade
Formando-se médica na capital.

E Maria Clara, agora doutora,
Seguindo sua sina de amor e esperança,
Viveu a cuidar de outras Marias,
Marias-meninas, Marias-crianças.


Intérprete: Maria Helena Anversa, Robledo Martins


Eu Sou A Voz

Eu Sou A Voz
(Juca Moraes, Nilton Junior Da Silveira)

Eu sou a voz destes poetas delirantes
Eu canto os seus delírios do viver
Também viajo nos seus barcos sem amor
Eu mostro a dor que eles temiam esconder

Sou eu a flor que eles temiam não colher
Por entender que o bem-me-quer não lhe quer mais,
Eu sou a paz dos seus dias infelizes
E as cicatrizes das suas chagas naturais...

Sou eu, o palco, o microfone e a plateia
Eu sou a estréia pra esta dor se derramar
Eu abro o peito pra cantar a odisseia
Que nada é sem a magia de um cantar...

Eu canto a cor do poeta em seus escuros
Sou eu que juro entender sua dor
Me faço amor, mesmo que ame sem querer
É só saber que ele sofre deste amor.

Sou eu cantora que me finjo não chorar
Nem me importar com a dor que eles sentem
Mas se eles mentem que essa dor pode passar
Eu vou chorar cantando a dor que eles mentem


Intérpretes: Robledo Martins, Maria Helena Anversa