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Maninha


Maninha
(Carlos Omar Villela Gomes, Paulinho Bracht)

Maninha enfeitou o cabelo com uma flor tão bonita,
Maninha ajeitou o vestido, Vestido velho de chita.
Maninha sorriu pra vida com sua boneca de pano,
E seguiu “enterdesida” os passos largos do mano

Lá vai o mano faceiro rumo ao “bolicho” do João.
Conseguiu algum dinheiro traz maninha pela mão.
Olhar de orgulho altaneiro, pois é seu próprio patrão.
Vendeu moranga na feira, juntou as latas do chão.

Maninha tão pequenina, olha encantada o irmão.
Não há mais dor e pobreza se o mano pega sua mão.
Maninha não sente medo, ninguém pode lhe tocar.
E o canivete do mano desenha chispas no ar.

Dos pais não lembra maninha.
A mãe a muito partiu, deixando fome e saudade
No rancho a beira do rio.
O pai morreu de desgosto.
Tanta tristeza no olhar, naquela tarde de agosto
Os dois irmãos e chorar.

Alma cheia de confiança, maninha volta pra casa
Trazendo amor e esperança, qual um anjinho sem asa.
O mano alisa suas transas, passa manteiga no pão,
Depois as duas crianças se ajoelham numa oração.