Lunares Da Alma
(Bianca
Bergmam, Zulmar Benitez)
De onde vem
toda saudade desses tempos,
Que já vão
longe e que eu jamais vivi?
De onde vem
a inspiração das noites grandes
Se de lunares
não entendo, pouco vi?
Na solidão
de uma quietude que se agranda,
Repasso as
horas, vou tentando me entender.
Nada mais
vejo do que alma, verso e campo,
Na fé bonita
de quem busca compreender.
Os livros
velhos já são mais que companheiros!
São os parceiros
que conduzem luz e paz;
Às
profundezas de uma alma tão perdida,
Que vai aos
poucos conhecendo seu lugar.
O tempo
antigo não passou pelos meus olhos!
As noites
grandes que trouxeram seus sussurros,
Pra nos
guiar a tantos versos, tantos sonhos,
Trazendo luz
aos olhos cegos do futuro.
Hoje acordei
da escuridão que me assombrava.
E trouxe a
vida pra mirar essas lonjuras.
Nada mais
vimos do que alma, verso e campo;
E a
inspiração bailando em ventos de doçura.
Me descobri
no universo desse sonho...
E nessa
noite de silêncio e solidão,
Acendo
estrelas e lunares sobre a alma;
Clareando os
versos e os sons do coração.
Intérprete:
Francisco Oliveira