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CALOS NÃO CALAM A FOME

Título
CALOS NÃO CALAM A FOME
Compositores
LETRA
CARLOS ROBERTO HAHN
MÚSICA
LEONARDO CHARRUA
Intérprete
LEONARDO CHARRUA
Ritmo
CHAMAMMÉ
CD/LP
11ª COXILHA NEGRA
Festival
11ª COXILHA NEGRA
Declamador

Amadrinhador

Premiações
1º LUGAR – LINHA NATIVISTA

CALOS NÃO CALAM A FOME
(Carlos Roberto Hahn, Leonardo Charrua)

Numa ronda calada,
Na calada da noite, calou-se um coração.
Mas o que cala mais fundo
É um mundo de calos que assombram suas mãos.

O que sonha esse homem de vãs esperanças plantadas no chão,
Ao compor sua vida na pauta de sonhos que aos poucos se vão?

O que ganha esse homem que irriga searas com água e suor,
Se só crescem caúnas na messe da sina de seu dissabor?

O que resta a esse homem além de lamentos e alguns poucos pilas?
Num restante de vida, é mais um que se perde na poeira das vilas.

O que sente esse homem que planta nas mesas farturas de pão?
É o joio do trigo que sequer tem abrigo em nossa gratidão.

O que busca esse pai que iludido se atrai pelos falsos brilhos,
Se os calos das mãos não calam a fome de seus próprios filhos?

O que resta a esse homem além de lamentos e alguns poucos pilas?
Num restante de vida, é mais um que se perde na poeira das vilas.

O que sente esse homem que planta nas mesas farturas de pão?
É o joio do trigo que sequer tem abrigo em nossa gratidão.

O que busca esse pai que iludido se atrai pelos falsos brilhos,
Se os calos das mãos não calam a fome de seus próprios filhos?

O que sonha esse homem...
O que ganha esse homem...
O que resta a esse homem...
O que sente esse homem...
O que busca esse pai?