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PAMPA, PEÃO E QUERÊNCIA

 


TÍTULO


PAMPA, PEÃO E QUERÊNCIA


COMPOSITORES

LETRA

LAURO ANTÔNIO CORREA SIMÕES

MÚSICA

LUIZ CARDOSO

JOSÉ CARDOSO


INTÉRPRETE


ADRIANO GOMES


RITMO

CD/LP

2ª TROPEADA DA CANÇÃO NATIVA

(SANTANA DO LIVRAMENTO)

FESTIVAL

2ª TROPEADA DA CANÇÃO NATIVA

(SANTANA DO LIVRAMENTO)

MÚSICOS

LUIZ CARDOSO

LEONEL GOMEZ

AURÉLIO LEAL

ADALBERTO SIMÕES

PREMIAÇÃO

 

 
PAMPA PEÃO E QUERÊNCIA
(Lauro Correa Simões, Luiz Cardoso, José Cardoso)
 
O campo verde que avista
Com tropilhas de mil pelo
E o rodeio de tambeira
Com estas mãos amansei
 
Para embretar silêncios
Amanheci com as estrelas
E o bois que ararão a terra
Fui eu mesmo que os domei
 
Na vastidão de horizontes
Campeando rumos me fiz
Como em pampa a procedência
De quem foi ramo e raiz
 
Junto ao braseiro dos astros
A voz se acende parceira
E a gaita acorda à distância
Varando o céu da fronteira
 
A mansidão dos caminhos
Traz essa gana de andar
Mas a alma velha bruxa
Fica um pé pra gauderiar
 
E o fitar claro a lua
Que a amoitou-se em meus pelegos
Vem pra mandar os cantares
De quem perder seus apegos
 
Pois esta força teatina
De quem sabe de onde veio
Tem dimensão do Rio Grande
E a querência é seu rodeio
 
Junto ao braseiro dos astros
A voz se acende parceira
E a gaita acorda à distância
Varando o céu da fronteira 

TROFÉUS SEM PAZ

Título
TROFÉUS SEM PAZ
Compositores
LETRA
LAURO SIMÕES
MÚSICA
CLEIBER ROCHA
Intérprete
JOÃO QUINTANA E GRUPO PARCERIA
Ritmo
MILONGA
CD/LP
30º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA
Festival
30º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA
Declamador

Amadrinhador

Premiações


TROFÉUS SEM PAZ
(Lauro Simões, Cleiber Rocha)

As adagas e as pistolas, nas molduras.
As espadas com brasões de sóis em ouro
São relíquias da História das planuras,
Que hoje habitam os museus como tesouros.

Cada uma mostra a origem na cartela,
Todas elas vêm das eras mais distantes,
Somam juntas velhos tempos de tutela,
Temperadas em refregas e levantes.

Dessas pilchas, desde a tosca e antiga lança,
Fez o homem mais mortal o fogo e a faca.
Veio o medo a rondar-lhe nas andanças
E o destino a morar sob a guaiaca.

Das inertes ferramentas do heroísmo,
Empunhadas nas primícias ancestrais
Vemos hoje à imagem do cinismo:
Sangue e morte, dia a dia nos jornais.

Segue a luta pelo tempo e pela vida,
Pelas ruas e nos campos da querência.
Novas armas sem consciência são erguidas
Quais troféus da insana violência.

Chegue a hora de inocentes não pagarem
Com a vida por rancores e aflições.
E que os homens de estopins nas mãos compreendam

Que um sorriso vale mais que mil canhões.

Rodeio Das Almas


Rodeio Das Almas
(Lauro Antonio Correa Simões, Luiz Cardoso)

Quando tranqueia uma canção desses campeiros
Para as moradas em consolo se destinam
Liberta os sonhos dos terrunhos companheiros
Pois traz na alma partituras campesinas

Enquanto andeja a semear sonoridades
Na comunhão da melodia com as rimas
É como carta esquecida nos peçuelos
Que o tempo e a vida transformaram em obra prima

Quando a tardinha vai vestindo os edifícios
De sombras mansas, e a quietude apressa o passo
Ouve-se vozes povoando apartamentos
Cantos nativos acenando dos terraços

E por ser simples a canção desses campeiros
Para rodeio das essências regionais
É lenitivo aos anseios caborteiros
Quando a saudade ronda rumos desiguais

Essa cantiga, que é de antiga, nos irmana
Vem estradeando com acordes alma adentro
A revolver a lembrança interiorana
Nunca perdida nas senzalas de cimento

Quando tranqueia uma canção desses campeiros
Nem mesmo o mar é capaz de nos impor
O impossível das lonjuras pra os recuerdos
Pois nada é inacessível ao amor

Sonho Estradeiro

Sonho Estradeiro
(Lauro Antonio Correa Simões, Sabani Felipe de Souza)

Nas longas trilhas
Silenciosas dos caminhos
Ao passo lerdo
Da carreta dos meus sonhos
Retorno ao tranco
Pra o meu rancho de carinhos
Estrela guia
Dos versitos que componho

Na solidão
Das distancias estendidas
Rondando as juntas
Dos meus bois de ilusão

Com mais fereza
Picareio pela vida
Essa saudade
Que conduzo ao coração

Quem estradeia que nem eu
Estradas longas
Seguindo um rastro
De carreta centenária
Somente tem
Pelas noites
As milongas
Que não se aquietam
Ante as almas solitárias

E quando os olhos
Já cansados de horizontes
Vão revisando trilha a trilha
Os corredores
Mas lerdo é o tranco
Da carreta no reponte
Seguindo olhar
Que se foi
Campear amores

Sina andarenga
Desse mundo
Sem cancelas
Dia após dia
Carreteando os meus anseios
De um rancho lindo
Com cortinas nas janelas
E o riso alegre
De uma flor quando me arreio

Tordilho Vinagre

Tordilho Vinagre
(Lauro Antonio Correa Simões, Luiz Cardoso)

Quando se doma um tordilho
Só existem dois caminhos
Ou se faz dele um amigo
Com paciência e com carinho
De outro modo é cascavel
Batendo o guizo no ninho

Quando encilho o meu tordilho
A cincha no osso do peito
Enfrenado em lua certa
E arrocina do apreceito
Qualquer rancho é um postal
Com ele no parapeito

Nas festas da gauchada
Emprestado da fazenda
Seu trote é um vôo de garça
Ao selim que faz legenda
Tosado de cogodilho
Para o andar de uma prenda

Dizem que o mar é um tordilho
Se não é quem dera fosse
Quando um raio se despenca
É um baio que desgarrou-se
Pois meu tordilho vinagre
Nasceu do vinho mais doce

Sendo de pelo tordilho
Não existe outro regalo
Melhor ponteiro de tropa
Um peão dá de à cavalo
Engolindo os horizontes
Assim me gusta de um pealo

Enquanto o verso gaucho
Cantar pingos nos lombilhos
Esses parceiros de lida
Legado de pai pra filho
Segue o Rio Grande à cavalo
Sobre o lombo de um tordilho