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QUANDO A ALMA VOLTA PRA TERRA


TÍTULO

QUANDO A ALMA VOLTA PRA TERRA

COMPOSITORES

LETRA

JOÃO FONTOURA

MÚSICA

LUIZ MARENCO

INTÉRPRETE

LUIZ MARENCO

RITMO

MILONGA

CD/LP

14ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA

LUIZ MARENCO – NOS FESTIVAIS

MOTIVOS DE CAMPO

FESTIVAL

14ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA

 QUANDO A ALMA VOLTA PRA TERRA

(João Fontoura, Luiz Marenco)

Sentei os recaus no lombo de um mouro,
Destapereando silêncios pelas taperas,
Com cantigas de espera, sem nada encontrar,
Para algum dia voltar, ruminando quimeras.

Com os anos passando, o sol foi bronzeando
Minha alma morena e a pampa torena
Dentro de mim, foi lambendo o capim
Com línguas de agosto, moldando em meu rosto
Os rastros que apontam os rumos pra o fim...

Sofreno o passado que vem estafado,
Com sede e com fome;
Pois a terra consome quem anda sem rumo,
Sem erva e sem fumo.

Pra algum dia, depois dessa vida proscrita,
Voltar a terra bendita com todo o vigor que a sina embuçala,
Na estrada do tempo com a esperança na mala pra tapear amarguras,
Jujando ternuras pra quem já perdeu o pago e o nome.

Natal Nativo


Natal Nativo
(João Fontoura)

Quando chega o Natal
Aqui no sul do país
O céu é mais azul
E o povo é bem mais feliz

A esperança se renova
No coração das pessoas
Desejo paz e saúde
E de muitas coisas boas

Então louvamos à Deus
Nosso patrão celestial
Pra que o menino Jesus
Renasça neste Natal

Que traga misericórdia
Tranquilidade e amor
E que os ranchos mais humildes
Sejam o templo do Senhor

Brotam sentido de fé
Pelas nossas pulsações
O mundo ganha mais luz
Através das orações

Que traga misericórdia
Tranquilidade e amor
E que os ranchos mais humildes
Sejam o templo do Senhor

Então louvamos à Deus
Nosso patrão celestial
Pra que o menino Jesus
Renasça neste Natal

Motivos de Campo


Motivos de Campo
(João Fontoura, Gujo Teixeira, Marcello Caminha)

Um relincho de potro,
Um berro de touro e um cantar de galo
O ringir de um arreio,
O acôo de um cusco e o tombo de um pealo

Um aboio de tropa,
Um murmúrio de sanga, um tinir de argola
O Minuano nas quincha,
Um ringir de cancela e um arrastar de espora

Uma tropa estendida, uma pega de potro
Um prosear no galpão
Um ronco de mate, e um rufar de patas
Que hace tambores no couro do chão

Um pontear de guitarra, um floreio de gaita
Um cantar de fronteira
Um gateado de tiro, um chapéu bem tapeado
Um adeus na porteira

Esse é o pago que trago é o rio grande antigo
Pois meu verso garante essas coisas que digo
São motivos de campo que carrego comigo



O Último Adeus De Quem Ganha O Céu

O Último Adeus De Quem Ganha O Céu
(João Fontoura, Diego Espíndola)

Gastei meus dias pelas invernadas
Passou a vida sem eu me dar por conta
Restou-me o rumo da última estrada
Que me leva aonde o cruzeiro aponta

Sonhei um rancho com a morena
Na lida bruta de arrucinar potros
Porém a sina inverteu caminhos
E hoje os rumos que tenho são outros

Então não levem por esses novembros
Flores e adornos a uma cruz de campo
Pois quero ser na constelação
Essas estrelas que remendam cantos

Aceitarei preces em noites escuras
Que hão de vir quando chegar meu fim
Porém somente me encontrarão
Os que viajarem para o sul de mim

Trago de alento essa esperança
Pra quando a morte me por o sovéu
De ir pra junto das cinco estrelas
E o que merecer vai me ver no céu

E saberás que uma é o meu coração
A outra contará o que aconteceu
A que mais brilha é a minha bela
As duas tristes são os olhos meus

Então não levem por esses novembros
Flores e adornos a uma cruz de campo
Pois quero ser na constelação
Essas estrelas que remendam cantos

Aceitarei preces em noites escuras
Que hão de vir quando chegar meu fim
Porém somente me encontrarão
Os que viajarem para o sul de mim