Afirmação
(João Batista Machado)
Desejo cantar o pago
Como vejo e como sinto
Este quadro que lhes pinto
Eu copiei de toda parte,
E se é pobre, como arte,
Valerá pela existência.
E quero que este meu verso
De amor, de fé e otimismo,
Seja um grito de civismo
Ecoando em cada consciência...
A cavalo no minuano
Neste galope ligeiro,
Quero que corras faceiro,
Carregando de progresso,
Para ouvir, no teu regresso,
Que não bateste em tapera.
Que viste rindo, contente,
O nascer de nova gente
Soberana, independente,
Marcando uma nova era
Que do litoral à serra
Que da fronteira às Missões
Tu colocaste corações
Como pai, velho andarilho,
Como mãe embala o filho
De nobre estirpe gentil.
Que proseaste com o tempo
Viste que onde quer que se ande,
Hoje é tempo de Rio Grande,
Sempre é hora de Brasil...
Quanto mais tempo se vive
Mais tiramos conclusões,
Se somarmos as ações,
O trabalho, o pensar bem,
Se diariamente um amém
De alguém, nos calar profundo,
Havendo muita paciência,
Fé esperança e respeito,
Veremos que deste jeito,
Dá pátria pra todo mundo...
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Guri
Guri
(João Batista Machado, Júlio Machado da Silva Neto)
Das roupas velhas do pai,
queria que a mãe fizesse
uma mala de garupa, uma bombacha e me desse.
Queria boinas, alpargatas,
e um cachorro companheiro
para me ajudar a botá as vacas
no meu petiço sogueiro.
Ei de ter uma tabuada,
e o meu livro queres ler,
vou aprender a fazer contas,
e algum bilhete escrever
prá que a filha de seu Bento saiba,
que ela é meu bem querer.
E se não for por escrito,
eu não me animo a dizer.
Quero gaita de 8-baixo,
prá ver o ronco que sai;
botas, feitio do Alegrete,
esporas são do Ibiracaí
lenço vermelho e guaiacas,
compradas lá no Uruguai.
É prá que digam quando eu passe,
saiu igualzito ao pai.
E se Deus não achar muito,
tanta coisa que eu pedi,
não deixe que eu me separe,
deste rancho onde nasci.
Nem me desperte tão cedo,
desde sonho de guri,
e de lambuja permita,
que eu nunca saia daqui.
Colaboração de Liane
(João Batista Machado, Júlio Machado da Silva Neto)
Das roupas velhas do pai,
queria que a mãe fizesse
uma mala de garupa, uma bombacha e me desse.
Queria boinas, alpargatas,
e um cachorro companheiro
para me ajudar a botá as vacas
no meu petiço sogueiro.
Ei de ter uma tabuada,
e o meu livro queres ler,
vou aprender a fazer contas,
e algum bilhete escrever
prá que a filha de seu Bento saiba,
que ela é meu bem querer.
E se não for por escrito,
eu não me animo a dizer.
Quero gaita de 8-baixo,
prá ver o ronco que sai;
botas, feitio do Alegrete,
esporas são do Ibiracaí
lenço vermelho e guaiacas,
compradas lá no Uruguai.
É prá que digam quando eu passe,
saiu igualzito ao pai.
E se Deus não achar muito,
tanta coisa que eu pedi,
não deixe que eu me separe,
deste rancho onde nasci.
Nem me desperte tão cedo,
desde sonho de guri,
e de lambuja permita,
que eu nunca saia daqui.
Colaboração de Liane
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