Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Instintos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Instintos. Mostrar todas as postagens

Instintos


Instintos
(Zeca Alves, Érlon Péricles)

No campo o sereno, o pasto e a macega
E os olhos vidrados da égua parida;
É a sina dos guachos, que o tempo não erra...
Botando sentido no ciclo da vida

No céu da querência uma cruz de asas largas
Fazia da sombra o agouro à partida,
E as garras afiadas enchiam de medo
Os olhos da cria que mal foi lambida.

Um vento abafado soprava do norte
E armava outro bote a cruzeira em rodilhas,
Por certo sabendo que a sobrevivência...
Peleia co' a morte por sobre a coxilha.

A lei do mais forte num voo rasante
Mostrou equilíbrio entre o campo e os seus;
Do instinto da cobra ao do velho carancho,
A vida renova-se aos olhos de Deus.

O tempo no campo consome a carcaça
E a égua renasce na origem da cria,
No bico, o carancho degusta sua presa...
Co'a própria frieza que a mesma teria.

Um vento abafado soprava do norte
E armava outro bote a cruzeira em rodilhas,
Por certo sabendo que a sobrevivência...
Peleia co' a morte por sobre a coxilha.

A lei do mais forte num voo rasante
Mostrou equilíbrio entre o campo e os seus;
Do instinto da cobra ao do velho carancho,
A vida renova-se aos olhos de Deus.