Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Henrique Fernandes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Henrique Fernandes. Mostrar todas as postagens

AO NEGRO PÁSSARO CANTOR

 

 

TÍTULO

AO NEGRO PÁSSARO CANTOR

COMPOSITORES

LETRA

HENRIQUE FERNANDES

MÚSICA

GABRIEL SELVAGE

INTÉRPRETE

JULIANO MORENO

HENRIQUE FERNANDES - DECLAMAÇÃO

RITMO


CD/LP

3ª FESTIVAL CÉSAR PASSARINHO

FESTIVAL

3ª FESTIVAL CÉSAR PASSARINHO

MÚSICOS

Ângelo Franco – Violão
Gabriel Selvage – Violão
Negrinho Martins – Violão

**não identificamos um dos músicos
Se alguém souber entre em contato

PREMIAÇÃO

 



AO NEGRO PÁSSARO CANTOR
(Henrique Fernandes, Gabriel Selvage)

Passarinho fez seu ninho junto aos galhos de um Chorão
Para chorar primaveras em soluços de canção
E alçou o voo rumo ao nada, negra cruz no infinito
Exalando na querência um canto alegre e bendito

E depois se fez Calhandra cantadeira das Charqueadas
Salgando um canto matreiro nos fundões das invernadas
Vestiu um lenço encarnado e uma boinita tapeada
E o negrume de suas penas veio dar luz aos poemas de uma alma iluminada

E um canto o fez guri na revoada dos cardeais
E depois assim no más, lado a lado em faz de conta
Quantas noites de milongas deu vida um clarão rural
Negro da gaita imortal, meu causo sério se alonga

Senti no último grito como prevendo o arremate
No romance da erva-mate que era tributo a um peão
Plenas manhãs de verão por um sonho seresteiro
Manoel Preto Campeiro estica moirão a moirão

Fui recorrendo paisagens sempre campeando cambichos
E de bolicho em bolicho fim de mês a coisa é feia
Entre laços e maneias sempre tapeando chapéu
Não há pandorgas no céu porque um piazito, porque um piazito, sesteia

Fui recorrendo paisagens, sempre campeando cambichos
E de bolicho em bolicho, fim de mês a coisa é feia
E entre laços e maneias, sempre tapeando o chapéu
Não há pangorgas no céu, porque um piazito sesteia

E que homens são esses que trazem nas suas mãos
A estrela de um peão que vaga ainda mocito
E assim ao despacito com o dom de sonhar
Pra em versos cantar o seu canto mais bonito

Passarinho fez seu ninho junto aos galhos de um Chorão

 





A FORMAÇÃO DAS MANADAS

TÍTULO
FORMAÇÃO DAS MANADAS
COMPOSITORES
LETRA
HENRIQUE FERNANDES
MÚSICA
GABRIEL SELVAGE
INTÉRPRETE
GABRIEL SEVAGE
RODRIGO XAVIER
RITMO
RASGUIDO DOBLE
CD/LP
25º CARIJO DA CANÇÃO GAÚCHA
FESTIVAL
25º CARIJO DA CANÇÃO GAÚCHA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES


A FORMAÇÃO DAS MANADAS
(Henrique Fernandes, Gabriel Selvage)

Martin Afonso de Souza
Como prevendo o futuro
Implantou o gado vacuno,
Num caminho esplandecente,

Donatário de São Vicente
Repontando para o pago
Com a marca Cuernos Largos
De origem transcendente

Sete vacas e um touro
Chegaram, no Paraguai
Na argentina e no Uruguai,
Expandindo a criação,

Tendo origem em Assunção
Numa América que nascia
Se formando baquerias
Com o gado chimarrão.

E no aboio de Gaete,
Bolhou-se a tropa n’agua
O basto se fez morada,
Num primitivo ritual.

Aonde homem e animal
Comungaram a mesma sina
De Santa Fé na Argentina,
Asta La Banda Oriental.

E no timbre das gargantas
Traziam estes bovinos
Um mugido genuíno
De sotaque castelhano,

Mescla espanhol-lusitano
Gene da raça franqueira
Destaperando as fronteiras
Viejas tropas de orelhanos.

E assim brotaram as estâncias
Nossa primeira querência.
E o telurismo na essência
Na formação das manadas,

Entre mansas e alçadas
Gado sem marca no couro
Valia mais do que ouro
Antecedendo as charqueadas.