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Guitarreando A Existência


Guitarreando A Existência
(Flori Wegher,  Luis Carlos Alves)

Despacito tranço tentos
De cantigas em versos largos
Que assim no mais, sem embargos
Brotam deste manancial
Ouvindo um xucro coral
Em forma de melodia
Que me vem da saparia
Do palco do banhadal.

Meu verso abarbarado
Tem cheiro de lida e campo,
É querência onde me acampo
A cantar com emoção,
Esporeando a inspiração
Prá sinuêlo do relato
Emoldurando o retrato
Do meu ser e do meu chão.

Busco acalanto em meu canto
Prá diminuir minhas penas,
Tenho prateada as melenas
Grizalhadas de experiências
Canto a raiz e a essência
Deste pampa sul nativo
Garrão de Pátria onde vivo
Guitarreando a existência.

O tempo que vai rodando
Não ressuscita o passado,
Mas cura os machucados
Dos recuerdos caborteiros,
Fantasmas fanfarroneiros
A judiar o coração
Que bate contra o violão
Nos meus cerões galponeiros.
Despacito tranço versos,
Guitarreando a existência.