(João
Sampaio, Walther Morais)
Licença
dona Josepha pra este xiru campeiro
Quero
cantar pra senhora um verso xucro e galponeiro
E
“acavala” uma vanera das de floxá pessegueiro
Quando
eu abro esta cordeona o bicharedo sai da toca
Os
touros berram mais grosso tatu peludo cavoca
Escuitando
esta vanera que além de troncha é pitóca
Cada
vez que espicho a gaita lembro da Josepha cunha
Acordo
o sol com um gaitaço e só co deus por testemunha
Chairo
a goela... Abro o peito e agarro o rio grande a unha
Quando
deus criou este mundo começou pelo Itaqui
Terra
da Josepha cunha do Uruguai e do ibicui
Meu
velho rincão da cruz que eu amo desde de guri
Com
ela aprendi também um mandamento sagrado
Que
cavalo de gaucho seja lobuno ou bragado
Não
bebe água em balde nem come pasto cortado
Com
ela foi que aprendi outra coisa meu parceiro
Que
pelo trote de longe se avalia o parelheiro
E
pelas garras que usa se conhece o bom campeiro
Sigo
guasqueando a cordeona neste jeitão missioneiro
Lembrando
a Josepha cunha virei ginete e gaiteiro
E
vou domando esta vaneira que é de floxa pessegueiro