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LUZ E SONHO A CRIAÇÃO DO PAMPA

 

TÍTULO

LUZ E SONHO A CRIAÇÃO DO PAMPA

COMPOSITORES

LETRA

PAULO CÉSAR RIGHI

PIERO ERENO

MÚSICA

PAULO CÉSAR RIGHI

PIERO ERENO

INTÉRPRETE

EMERSON MARTINS

RITMO

MILONGA

CD/LP

04º MINUANO DA CANÇÃO NATIVA

FESTIVAL

04º MINUANO DA CANÇÃO NATIVA

MÚSICOS

ARISON MARTINS – PERCUSSÃO E EFEITOS
DIOGO MATOS – TECLADOS
EMERSON OLIVEIRA – VIOLÃO
TUNY BRUM – VIOLÃO
FELIPE FAÍSCA – BAIXO
PAULINHO GOULART – ACORDEON

PREMIAÇÃO

MELHOR INSTRUMENTISTA – PAULINHO GOULART

 

Luz e Sonho a Criação do Pampa

(Paulo César Righi, Piero Ereno)

 

Um dia, o criador soprou o minuano

E o que era tapera tornou-se querência

As notas libertas nas cordas do tempo

Tocaram ao vento o som da existência

 

E todo silêncio se fez luz e sonho

Presságios de um mundo de amor e magia

As vozes da vida semearam futuro

E a terra gaúcha nasceu nesse dia.

 

Então o minuano soprou mundo a fora

Erguendo coxilhas e o pampa sulino

Surgiram os campos, o céu, e um rio grande

E força de um povo buscando destinos.

 

Por isso que quando o minuano assovia

Nas frestas das tábuas de cada galpão

Em cada gaúcho renasce este pampa

E dentro do peito o amor a este chão

(É só o minuano assoviar a canção)

 

Fagulhas do sol, pela força do vento

Desceram pros ranchos num fogo de chão

E outras mais claras cobriram a terra

Pintando as estrelas no céu do rincão.

 

Então o minuano num sopro mais forte

Criou o horizonte tão vasto e disperso

Que assim, se os gaúchos tentassem buscá-lo

Iriam, por fim, encontrar o universo




Aos Olhos Dos Outros

Aos Olhos Dos Outros
(Túlio Souza, Emerson Martins)

Aos olhos do pai
Sou futuro
Aos olhos da mãe
Sou criança
Aos olhos do irmão
Sou metade
Aos olhos do amor
Sou paixão

Aos olhos dos outros
Talvez
Eu seja bem mais
Que a verdade
Aos olhos dos meus
Sou presença
Pois já me cansei
Da saudade

Aos olhos da chuva
Poeta
Aos olhos da noite
O esmo
Aos olhos da alma
Passagem
Aos olhos do espelho
Eu mesmo


Quando O Homem Se Aparta Da Lida

Quando O Homem Se Aparta Da Lida
(Severino Moreira, Mauro Nardes, Sérgio Rosa)

Beirando a estrada real,
Mirando a terra batida,
Homem cheirando a pampa
Tem sede de campo e lida.

Cuidando léguas de campo,
“Criando” vacas de cria,
Sovando lombo de potro,
Para sustento dos dias.

Habita casa e galpão
Num “pedaço de fronteira”
Numa espera que se estende,
Por quase “a vida inteira”.

Porém um dia o sonho,
“Caminha na contramão”,
Uma queda um estalo,
Apaga o rastro do chão.

Parou quase a metade,
Mas ta vivo um coração,
E a saudade da lida,
Se faz rumo e razão.

As ideias se arrefecem
Mirando campo e o gado,
E a mão de tantos calos,
Só manuseia o rodado.

Padece do “ostracismo”,
Com tanta pampa pra ver,
As pernas perderam forças,
“E já não querem obedecer”.

E o homem fibra de aço
“Hoje está na previdência”
Mas sobra força na alma
Pra nortear sua existência.

A Paz Está do Meu Lado

A Paz Está do Meu Lado
(Flávio Saldanha, Armando Vasquez, Diogo Matos)

Então aqui me apresento neste Rio Grande sem fim
Todos me chamam de campo sou de terra e de capim
Com veias de rios e sangas correndo dentro de mim

Minha paisagem de gado cuido com dom e preceito
A vida pulsa a meu lado faço o que tem que ser feito
Para dar paz e sustento Deus me criou desse jeito

Por isso não vens agora com tua má criação
Sujar meu sangue de barro fazendo devastação
Não quero mais cicatrizes de arado e mato tombado
Muda de idéia e de rumo que a paz esta do meu lado

Quero a paz farroupilha que silenciou no clarim
Para que o homem um dia venha encontrar o fim
Da desavença da terra peleando em cima de mim

Quero ser pão sobre a mesa de quem souber me cuidar
Porque o descaso do homem venha aos poucos me matar
Teimando em tirar de mim bem mais do que posso dar