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REVISITANDO

 

TÍTULO

REVISITANDO

COMPOSITORES

LETRA

MÁRCIO NUNES CORRÊA

EDUARDO MUÑOZ

MÚSICA

CÍCERO CAMARGO

INTÉRPRETE

MARCELO OLIVEIRA

RITMO

MAZURCA

CD/LP

28ª SAPECADA DA CANÇÃO NATIVA

FESTIVAL

28ª SAPECADA DA CANÇÃO NATIVA

MÚSICOS

Piano: Nilton Júnior
Contrabaixo: Carlos de Césaro
Acordeon: Mano Junior
Violão: Cícero Camargo
Violão: Jorge Pereira Junior
   

PREMIAÇÃO

1º LUGAR

MELHOR INTÉRPRETE


REVISITANDO
(Márcio Nunes Corrêa, Eduardo Muñoz, Cícero Camargo)

Meu passado vem aos goles
Pelo gosto de um butiá,
Coragem que a gente bebe
Pra sair da onde está...
Vejo a marca na parede
Do que tive, mas evito...
Pra cruzar em frente à estância
Só que seja a “galopito”...

Visito amigos e discos
Pouco importa os "arranhão"...
E largo um verso na estrada
Mais pra rever um irmão...
Que o troféu de um festival
É uma saudade emalada
Dos palcos de luz humana
Nas tardes e madrugadas...

Reviro um amor antigo
Sem uma foto sequer
E me apaixono de novo
Mas pela mesma mulher....
Rebolco em tantos abraços
Saudoso daquele tempo,
Pois não preciso retratos
Pra bem viver um momento...

Revisito as brincadeiras
Pela vida embodocadas...
Gado de osso e bolita,
Carreira e vaca parada...
Primeira escola de erros
Pureza que vem nos tentos,
Infância, em campo e cidade
Costeando quem tem talento!

...E volto a ser piqueteiro
Pra me entender capataz...
Suor foi meu tirador
Pro fio dos caraguatás...
Pedir o que sou agora
Já me fez juntar as mãos,
Por ainda ser o mesmo
Eu canto por gratidão!!!

Até O Fim Dos Meus Dias

Até O Fim Dos Meus Dias
(Eduardo Muñoz, Hélvio Luiz Casalino, Raineri Spohr)

Por certo o primeiro pranto
Foi obra do nosso encontro
Pois quando apontei no brete
Já vinha de laço pronto
A mim não restou escolha
Pra honrar a contradição
Ajoujo de corpo e alma
Pelo talho do cordão

A alma tem dessas coisas
Que o corpo não acompanha
Será por esse motivo
Que tanto a gente se estranha?
Nessa tormenta de anseios
Ninguém apela pra fuga
Mas dá sentido pra vida
Na trajetória das rugas.

Me fiz cartão de visita
Pra quem eu nem conhecia
Mas garantia o costado
Até o fim dos meus dias
Pela quietude das horas
A alma ceva conselhos
E a cada gole de mate
Se quebram nossos espelhos.

A alma não se contenta
Enquanto a gêmea não vem
E nem faz causo de nada
Pra ofertar-se pra alguém
Me toca o peso da cruz
Quando a paixão adormece
Serão da carne os pecados
Que o coração reconhece?

A vida compõe espelhos
Em todo e qualquer lugar
Por um exemplo de glória
Por um sorriso no olhar
Mas um vistaço não lê
Toda a essência contida
E até na face do açude
A lua vem destorcida.

Me fiz cartão de visita
Pra quem eu nem conhecia
Mas garantia o costado
Até o fim dos meus dias
Pela quietude das horas
A alma ceva conselhos
E a cada gole de mate
Se quebram nossos espelhos.

Vaca Parada

Vaca Parada
(Eduardo Muñoz, José Carlos Batista de Deus, Fabrício Harden)

Se foi a brasina pampa
Na noite de temporal,
Um raio correu na cerca
Pra dar o pealo fatal...
Restaram couro e cabeça
Pra confortar o piazedo:
- Mais vida pros fins de tarde,
Em vez de apojo bem cedo!

Firmando o braço de a pé
Voando as horas se vão...
Fica a presilha de arrasto
Sem pretensão de tirão...
Sobra mão e falta laço
Que até por isso se gasta,
Sovando a toca dos zóio
Do bicho que já não pasta!

Quem laça vaca parada
Recebe mais do que herança:
- Deus arma todos iguais
Na hora que estende a trança...
Escola dos laçadores
Que a lida há de prová-los,
Pois só garantem diploma
Fazendo igual de a cavalo!!!

Descaminho dos guris
Nos colégios do interior,
Não perdem dia de prova
Que o vermelho tem valor…
Narradores de improviso
Toreiam a pontaria
Não passam despercebidos
Inventos e pescarias!

Na volta do cavalete
Onde o ritual se repete
O pasto rapado mostra
Que existe boca do brete...
Até quem não é da côsa
Manda corda e faz bonito,
Ter nascido enforquilhado
Não faz ninguém favorito!