Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Edgar Acaña. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Edgar Acaña. Mostrar todas as postagens

CIO DAS ÁGUAS

Título
CIO DAS ÁGUAS
Compositores
LETRA
EDGAR OCAÑA
MÚSICA
LEONEL GOMEZ
Intérprete
ADRIANO GOMES
Ritmo
MILONGA
CD/LP
9ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA
Festival
9ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA
Declamador

Amadrinhador

Premiações


CIO DAS ÁGUAS
(Edgar Ocaña, Leonel Gomez)

O sol campeiro pincela matizes
No quadro do pampa que a porta emoldura
E ao pé do braseiro solvendo um amargo
Na paz de meu rancho, bombeando as lonjuras

A terra molhada com o pranto da chuva
Exala o aroma que adentra na alma
Os campos floridos no céu se refletem
Pintando arco-íris, prenúncio de calma

No palco dos campos se vão serpenteando
As sangas que correm tangendo as coxilhas
O pago renasce no cio dessas águas
Brotando nos campos trevais e flexilhas

Os campos libertos da saga na sanga
Hermanam mais verdes no ventre da terra
A alma do guasca se torna mais pura
Ao ver as belezas que o pago en encerra

E ao pé do braseiro um guasca solito
Após a bonança da chuva caída
Exalta a querência nos versos que canta
E faz de seu rancho um naco de vida.


Madrugada


Madrugada
(Edgar Acaña, Ricardo Martins)

Os fletes campeiros pastando ao luar
Refugo meu catre pra sorver nuances
Que a noite pintou na barra do dia
Quando nasce o pampa a inspirar romances.

O sol vem ao tranco no lombo de um ruano
E a noite lobuna se faz madrugada
Os mates e prosas se fazem silêncio
Emquanto se encilha, pra outra jornada.

Tinido de espora, rangido de basto
E bater de cascos se fazem poesia
Cavalos e homens se tornam centauros
Na pátria gaúcha ao raiar do dia.

Um zaino escarceia atirando o freio
Se faz haragana uma potra bragada
Que ao sentir "coscas" do laço nos tentos
Bufou contra o vento pedindo bolada.

Ritual que faz parte da vida de campo
Porém só conhece quem cedo levanta
E sai campo à fora com o sol na garupa
E trás a querência nos versos que canta