Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Dilair José M. das Neves. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dilair José M. das Neves. Mostrar todas as postagens

Místico Dos Galpões

Místico Dos Galpões
(Édison Suita, Dilair José M. das Neves, Alexandre Taveira, Cezar Martins)

Mate grande fogo aceso no interior do galpão
Pensamentos que se vão nostálgicos e dolentes
Com aparições frequentes, entre imagens e silvidos
Trazendo aos olhos e ouvidos as coisas que estão ausentes

Armas brasões e bandeiras tudo fica retratado
São fantasmas do passado que vivo ainda permanecem
Sumindo quando amanhece por entre as serrações
Voltando a noite aos galpões pra que o ritual recomece

Parecem sair do fogo se fundindo com a fumaça
Passagens da nossa raça se espalhando no galpão
Constante transformação; vão se mudando as figuras
Pintando a imaginação tendo a pampa por moldura

São portas que se escancaram,  luzeiros sem lamparinas
Bruxas trançando crinas da potrada caborteira
Do litoral à fronteira se espalhando nas fazendas
Causos, contos e lendas e o medo da sexta-feira

Ao tronco largo dos anos mais de um século passou
A história continuou antes, durante e após
Nos tios, nos pais e avós, em cada quarto de lua
Porque a história continua e quem muda somos nós

Parecem sair do fogo se fundindo com a fumaça
Passagens da nossa raça se espalhando no galpão
Constante transformação; vão se mudando as figuras
Pintando a imaginação tendo a pampa por moldura