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De Volta Às Origens


De Volta Às Origens
(Severino Moreira , Xirú Antunes, Jari terres)
                                    
(Recitado)
Eu que nasci num galpão
Por entre um cheiro de garras
Tive por sinuelo a Dalva
E os ruflos de um redomão
Fazendo uma oração
Pra um batismo meio cru
Talvez por isso retorne
Fui sempre o mesmo xirú...

...Eu hoje amanheci
Com as retinas na querência
Sentindo a clarividência
Que o lombilho proporciona
Minha alma se emociona
Quando a pampa aparece
O sonho bom se arrefece,
E a verdade vem à tona.

Sou outro no mesmo eu
Sou mais pampa e menos povo
Me apego e me comovo
Pelos grotões do meu pago
Cevando no meu amargo
A doçura da essência
Se reveste de querência
O bagualismo que trago.

(Recitado)
E quando eu estendo a vista
Entre coxilhas e várzeas
Repassando nas guitarras
O meu eco mais profundo
Recordo meu velho mundo
Que já nasceu de a cavalo
E me legou de regalo
Esse canto topetudo.

E no compasso das chilenas
Recordo as tolderias
Os vícios e as pulperias
Os dialetos de galpão
Na mesma comunhão
A domingueira bem querença
Reafirmando a crença
Desses filhos de galpão.

Se acendem velhas patriadas
Nas fumaças do horizonte
Neblina que junto aos montes
Com minha alma enfeitiçada
Por isso eu amanheci
Com a ventana arregaçada
Sentindo cheiro de pastos
Pelas grotas e canhadas.