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Mostrando postagens com marcador Dante Ramon Ledesma. Mostrar todas as postagens
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A VITÓRIA DO TRIGO

Título
A VITÓRIA DO TRIGO
Compositores
LETRA
VAINE DARDE
MÚSICA
DANTE RAMON LEDESMA
Intérprete
DANTE RAMON LEDESMA
Ritmo

CD/LP
ALMA E VIDA
DANTE AO VIVO
20 ANOS
Festival

Declamador

Amadrinhador

Premiações


A VITÓRIA DO TRIGO
(Vaine Darde, Dante Ramon Ledesma)

Não precisa ser herói
Para lutar pela terra
Por que quando a fome dói
Qualquer homem entra em guerra

É preciso ter cuidado
Para evitar essa luta
Pois cada pai é um soldado
Quando é o pão que se disputa

Se somos todos irmãos
Se todos somos amigos
Basta um pedaço de chão
Para a vitória do trigo

Basta um pedaço de terra
Para a semente ser pão
Enquanto a fome faz guerra
A paz espera no chão (2 vezes)

Há planícies que se somem
Desde o horizonte ao rio
E a vida morre de fome
Com tanto campo vazio

Ao longo destas porteiras
De sesmarias sitiadas
A ambição ergue trincheiras
Contra o sonho de inocentes e de enxadas

Se somos todos irmãos
Se todos somos amigos
Basta um pedaço de chão
Para a vitória do trigo

Basta um pedaço de terra
Para a semente ser pão
Enquanto a fome faz guerra
A paz espera no chão

Se somos todos irmãos
Se todos somos amigos

Pealo De Sangue

Pealo De Sangue
(Raul Ellwanger)

Que mistérios trago no peito?
Que tristezas trago comigo?
Se meu sangue é colono, é gaúcho
Lá no campo é que encontro abrigo
O cheirinho de chuva na mata
Me peala e me puxa prá lá

Quero só um pedaço de terra,
Um ranchinho de santa-fé
Milho verde, feijão, laranjeira,
Lambari cutucando no pé
Noite alta um luzeiro alumiando
Um gaúcho sonhando de pé

Quando será este meu sonho?
Sei que um dia será novo dia, 
Porém não cairá lá do céu
Quem viver saberá que é possível
Quem lutar ganhará seu quinhão

Velho Rio Grande, velho Guaíba
Sei que um dia será novo dia
Brotando em meu coração
Quem viver saberá que é possível
Quem lutar ganhará seu quinhão

Quero só um pedaço de terra,
Um ranchinho de santa-fé
Milho verde, feijão, laranjeira,
Lambari cutucando no pé
Noite alta um luzeiro alumiando
Um gaúcho sonhando de pé

Velho Rio Grande, velho Guaíba
Sei que um dia será novo dia
Brotando em meu coração
Quem viver saberá que é possível
Quem lutar ganhará seu quinhão


Yolanda


Yolanda
(Chico Buarque)

Essa canção é mais que mais uma canção,
Quem dera fosse uma declaração de amor
Romântica, sem procurar a justa forma
De que me vem de forma assim tão caudalosa
Te amo, te amo eternamente te amo.

Se me faltares, nem por isso morro
Se é pra morrer quero morrer contigo
Minha solidão se sente acompanhada
Por isso às vezes sei que necessito
teu colo teu colo, eternamente teu colo

Quando te vi, eu bem que estava certo
De que me sentiria descoberto
A minha pele vai despindo aos poucos
Me abres o peito quando me acumulas.
De amores, de amores, eternamente de amores.

Se alguma vez me sinto derrotado
Eu abro mão do sol de cada dia
Rezando o credo que tu me ensinaste
Olho teu rosto e digo a ventania
Yolanda, Yolanda, eternamente, Yolanda

Grito Dos Livres

Grito Dos Livres
(José Fernando Gonzales, Dante Ramon Ledesma)

Quando os campos deste sul eram mais verdes
Índios pampeanos que habitavam o lugar
Foram mesclando com a raça do homem branco
Recém chegado de querências além mar

E o novo ser que se formou miscigenado
Virou semente, germinou e se fez povo
E um grito novo ecoou no continente
Lembrando a todos que esta terra tinha dono

Enquanto o Gaúcho for visto no pampa
Enquanto essa raça teimar em viver
O grito dos livres ecoará nesses montes
Buscando horizontes libertos na paz

No grito do índio, o grito inicial
Com cheiro de terra no próprio ideal
De amor à querência liberta nos pampas
Gerada em estampas do próprio ancestral

A nova raça cresceu e traçou limites
Que bem demarcam a extensão dos ideais
E o mesmo povo hoje repete o grito
Alicerçado nas raízes culturais

A liberdade não tem tempo nem fronteiras
O homem livre não verga e não perde o entono
Vai repetindo a todos num velho grito
Passam os tempos mas a terra ainda tem dono

Do grito do índio, aos gritos atuais
Há cheiro de terra nos próprios ideais
De um povo sofrido, ereto em vontade
De escrever liberdade nos seus memoriais

Enquanto o Gaúcho for visto no pampa
Enquanto essa raça teimar em viver
O grito dos livres ecoará nesses montes
Buscando horizontes libertos na paz

Enquanto o Gaúcho for visto no pampa
Enquanto essa raça teimar em viver
O grito dos livres ecoará nesses montes
Buscando horizontes libertos na paz

Orelhano

Orelhano
(Mário Eleu Silva)

Orelhano, de marca e sinal
Fulano de tal, de charlas campeiras
Mesclando fronteiras, retrata na estampa
Rigores do pampa e serenas maneiras

Orelhano, brasileiro, argentino
Castelhano, campesino, Gaúcho de nascimento
São tranças de um mesmo tempo, sustentando um ideal
Sem sentir a marca quente, nem o peso do buçal

Orelhano, ao paisano de tua estampa
Não se pede passaporte, nestes caminhos do pampa
Orelhano, ao paisano de tua estampa
Não se pede passaporte, nestes caminhos do pampa

Orelhano, se tu vives embretado
Procurando um descampado nesta Gaúcha nação
E aquele traço de união que nos prende lado a lado
Como um laço enrodilhado, à espera da ocasião

Orelhano, vem lutar no meu costado
Num pampa sem aramado, soprado pelo Minuano
Reportar a liberdade, que acenava tão faceira
Nas cores de uma bandeira, levantada no passado

Orelhano, ao paisano de tua estampa
Não se pede passaporte, nestes caminhos do pampa
Orelhano, ao paisano de tua estampa
Não se pede passaporte, nestes caminhos do pampa

América Latina

América Latina
(Francisco Alves, Humberto Zanatta)

Talvez um dia, não existam aramados
E nem cancelas, nos limites da fronteira
Talvez um dia milhões de vozes se erguerão
Numa só voz, desde o mar as cordilheiras

A mão do índio, explorado, aniquilado
Do Camponês, mãos calejadas, e sem terra
Do peão rude que humilde anda changueando
E dos jovens, que sem saber morrem nas guerras

América Latina, Latina América
Amada América, de sangue e suor

Talvez um dia o gemido das masmorras
E o suor dos operários e mineiros
Vão se unir à voz dos fracos e oprimidos
E as cicatrizes de tantos guerrilheiros
Talvez um dia o silêncio dos covardes
Nos desperte da inconsciência deste sono
E o grito do Sepé na voz do povo
Vai nos lembrar, que esta terra ainda tem dono

América Latina, Latina América
Amada América, de sangue e suor

E as sesmarias, de campos e riquezas
Que se concentram nas mãos de pouca gente
Serão lavradas pelo arado da justiça
De norte a sul, no Latino Continente

América Latina, Latina América
Amada América, de sangue e suor