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TORMENTA

TÍTULO

TORMENTA

COMPOSITORES

LETRA

SEVERINO RUDES MOREIRA

MÚSICA

ZULMAR BENITEZ

INTÉRPRETE

JOCA MARTINS

RITMO

CHAMARRITA

CD/LP

5ª RAMADA DA CANÇÃO NATIVA

FESTIVAL

5ª RAMADA DA CANÇÃO NATIVA

DECLAMADOR

AMADRINHADOR

PREMIAÇÕES

 

Tormenta

(Severino Rudes Moreira, Zulmar Benitez)


Se tisnam tons de fumaça

De contra o fio do horizonte

E o vento traz num reponte

Gavionas de cola alçada

Lobunas entropilhadas

Redemoneadas na poeira

Rompendo pelas porteiras

Que nem tropa estourada.

 

A pampa se empardece,

Prenúncio de temporal

E uma tropilha bagual

Alinha a cola pra chuva.

O céu, manto de viúva,

Se desbota no aguaceiro

Quando um raio matreiro,

Afocinha na timbaúva.

 

Trovoadas que se repetem

Como touro em desafio

E o vento faz corrupio

Na crista dos arvoredos

A lua talvez com medo

Nem dá sinal de vida

E a tarde estremecida

Já se recolhe mais cedo.

 

Um raio na cola do outro

Se reflete no açude

Rasgando a negritude

Dessa tarde azarenta

Lembro o taura que aguenta

N´alguma ronda de tropa

Onde até a alma se ensopa

Na fúria de uma tormenta.

 



ROMANCE FRONTEIRO

Título
ROMANCE FRONTEIRO
Compositores
LETRA
GUJO TEIXEIRA
MÚSICA
JULIANO GOMES
Intérprete
MARCELO OLIVEIRA
Ritmo
CHIMARRITA
CD/LP
19ª VIGÍLIA DO CANTO GAÚCHO
Festival
19ª VIGÍLIA DO CANTO GAÚCHO
Declamador

Amadrinhador

Premiações
2º LUGAR
MELHOR POESIA
MELHOR INTÉRPRETE – MARCELO OLIVEIRA

ROMANCE FRONTEIRO
(Gujo Teixeira, Juliano Gomes)

Um dia desses fronteiro, me larguei de alma bem vinda
Rumo aos floreios de um rancho, aonde mora minha linda
Meu pingo baio escarceia num tranco de madrugada
Gasta distância de léguas buscando o rumo e mais nada

Um vento bom de saudade me assopra das laranjeiras
Me adoça a estrada comprida e por nada a vida inteira
Meu coração de campanha parece que sabe a volta
Chega bem antes de mim, conhece o atalho e se solta

Quem tem a alma nos olhos de uma florzita de campo
Faz das estrelas da noite um lume de pirilampo
E junta o silêncio claro de basto, espora e barbela
Com um assobio compassado, sonando coplas pra ela

Pelo acalanto do vento que desce desde a coxilha
Minha saudade se achega e assim no más desencilha
Um mate é quase um saludo no doce-amargo de um beijo
Pelo carinho das mãos e um jujo bom de poejo

Trouxe de tiro esta lua, num riso em quarto crescente
Só pra alumbrar os olhos negros da noite que cai silente
Se enfeita minha primavera com a flor do meu rincão
E um canto de chimarrita que encanta o meu coração

Canto um romance fronteiro desses que a noite ainda encobre
Nos alvoroços de um pala minguado de rima pobre
Quedando a noite serena que prometia um abraço
E ela de pala no ombro sonhando aqui nos meus braços.