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JOÃO BARREIRO

 

 

TÍTULO

JOÃO BARREIRO

COMPOSITORES

LETRA

RAFAEL CHIAPPETTA

MÚSICA

CARLOS MADRUGA

INTÉRPRETE

JARI TERRES

RITMO

CHAMARRA

CD/LP

10º UM CANTO PARA MARTIN FIERRO

FESTIVAL

10º UM CANTO PARA MARTIN FIERRO

MÚSICOS

 

PREMIAÇÃO

 

 

JOÃO BARREIRO
(Rafael Chiapetta, Carlos Madruga)
 
Nesta vida de tropeiro,

Vi cantar o João barreiro,

Sobre a quincha do seu rancho.

Eu só tenho meu arreio,

E guapeio tempo feio,

Na baeta do meu poncho.

 

O barreiro tem querência,

E por essa consequência,

Ele tem sua morada.

E pra mim só o que resta,

É não mais que uma sesta,

Numa curva da estrada.

 

Um Paysano milongueiro,

Canta alegre o João barreiro,

Um versito a sua amada.

O meu canto é qual o vento,

Com acordes de lamento,

Assoviando pra boiada.

 

Ser tropeiro não me basta,

Pois enquanto o gado pasta,

Duma “canha” bebo um trago.

Mato a sede nesta fonte,

Desenhando no horizonte,

Um ranchito bem quinchado.

 

Sigo assim neste floreio,

Vou tropeando gado alheio,

Já curtido de distância...

Atorado na guaiaca,

Vou juntando “umas pataca”,

Culatriando uma esperança.

 

Um ranchito eu quero ter,

Para então envelhecer,

Tendo alguém por meu lindeiro.

E me agrada na tronqueira,

Por vizinho de porteira,

Um Paysano, João barreiro.




 

 

CAMBARÁ

TÍTULO
CAMBARÁ
COMPOSITORES
LETRA
LISANDRO AMARAL
MÚSICA
LISANDRO AMARAL
GUILHERME COLLARES
INTÉRPRETE
RAINERI SPOHR
RITMO
CHAMARRA
CD/LP
19ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA
FESTIVAL
19ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES

Cambará
(Lisandro Amaral, Guilherme Collares)

Tu penso que a grota inteira
Era toca de zebu?
E adiante do caracu
Meu manguerão se garante
Quatro tentos viajantes
De um touro gordaço e pampa
Que há muito tempo se acampa
Na garupa do meu mouro
E quando sai é um estouro
Cinchando o diabo das guampa.

Tu penso que tinha azas?
Descrente do meu pingaço.
Não sabia que meu laço
Chegava antes do reio.
E a oração - que ainda creio -
É um terço de 12 braça
Que garante minha raça
Mandando em vaca grotera
E onde tu vai por matreira
Meu ovelhero te abraça.

Por ser de cerne bem duro
Batizei de Cambará...
Sangue de lontra e guará,
Às vezes voa e mergulha;
Cruza em buraco de agulha
Não perde pra touro alçado!
E o boi barroso afamado,
Que o Pedro Ortaça aporreou?
O Cambará que amansou
De carretão e de arado!

Tu pensou que no meu tempo
Cara feia não é fome?
Se eu não laço me consome
Este fundão que é meu céu.
No cambará que dá mel
Zebu matrero se entope
Na tampa desse xarope
Que esse doutor - cruza loco -
Te enfia a trança nos toco
E fecha um pito a galope.

Andava eu e uns Collares
Correndo vaca e se rindo!
Um tal Afonso Laurindo,
O Beto, o Lucio e o Lalinho...
O Guilherme e dois piasinho
- destes crioulos dali -
E o Cambará – nunca vi -
Picaneando no garrão
Pra garantir a nação
Que bebi sangue daqui. 




O CARIJO E A PALMEIRA

Título
O CARIJO E A PALMEIRA
Compositores
LETRA
WILSON VARGAS
MÚSICA
SÉRGIO ROSA
Intérprete
MARCIO CORREIA
Ritmo
CHAMARRA
CD/LP
30º CARIJO DA CANÇÃO GAÚCHA
Festival
30º CARIJO DA CANÇÃO GAÚCHA
Declamador

Amadrinhador

Premiações


O CARIJO E A PALMEIRA
(Wilson Vargas, Sérgio Rosa)

São quatro noites de ronda, “carijando” a própria essência
Cantigas fazem querência e um verso abre clareiras...
E a voz da mata ervateira fala a voz que o povo compreende
É o onde o Rio Grande aprende o costume da Palmeira!!!

De quê valeriam mates, se não tivesse a magia...
E a pureza do dia pra que, alma e coração
Se benzam no mesmo chão, num ritual missioneiro
Em teu altar “carijeiro” o pago pede benção.

A cada “maio” que chega é uma crença majestosa,
Canta a arte em buena prosa mostrando a outros rincões
Origens e tradições...Tupã rondando os terreiros...
Mostrando para o mundo inteiro a “Palmeira das Missões”.

Referência pra os demais, seiva de planta nativa
Deusa índia sempre viva, mãe bugra dos ervateiros...
Mantendo aceso o braseiro assim aromando as obras
Cabreúva e guabiroba, em teu “jirau” cancioneiro!!!

Esta mescla de sabores entre a erva da Palmeira
E uma marca galponeira juntas no mesmo cevado
Parece algo sagrado, que o tempo não consome
Quando amadurece o nome n’algum carijo templado.



DIÁRIO DE UM FRONTEIRIÇO

Título
DIÁRIO DE UM FRONTEIRIÇO
Compositores
LETRA
ÉRLON PÉRICLES
MÚSICA
ÉRLON PÉRICLES
Intérpretes
RICARDO MARTINS (CD - 33ª CALIFÓRNIA)
RICARDO MARTINS ( CD – 18º PONCHE VERDE)
ÉRLON PÉRICLES (CD - NA ESTRADA DO SUL)
LEÔNCIO SEVERO (CD – PÁTRIA DE CAMPO)
Ritmo
CHAMARRA
CD/LP
33ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA – CD
18º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA - CD
NA ESTRADA DO SUL – CD
PÁTRIA DE CAMPO - CD
Festival
33ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA
18º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA
Declamador

Amadrinhador

Premiações
1º LUGAR – LINHA CAMPEIRA (33ª CALIFÓRNIA)
MELHOR ARRANJO (33ª CALIFÓRNIA)
MELHOR INSTRUMENTISTA – RICARDO MARTINS (33ª CALIFÓRNIA)


DIÁRIO DE UM FRONTEIRIÇO
(Érlon Péricles)

Permiso, paysano! Que eu venho judiado
O sol na moleira, a vida campeira batendo os costado
Permiso, paysano! Pra um mate cevado
Que eu ando na estrada com a vida encilhada, tocando o cavalo

Sou da fronteira, me pilcho a capricho
Potrada é de lei, da lida que eu sei, aperto o serviço
Meio gente, meio bicho, ninguém me maneia
Louco das idéias, sou duro de queixo

Um trago de canha, os amigos de fé
O pinho afinado, tocando milongas e algum chamamé
Com a alma gaúcha e um sonho dos buenos eu guardo a querência
A vida anda braba, e só mete a cara quem tem a vivência

Ah! Livramento me espera, num finzito de tarde
Um olhar de saudade a mirar da janela
Lá, onde o xucro se amansa
Na ânsia do abraço eu apresso o passo pra matear com ela.

FIRMANDO O TUTANO

Título
FIRMANDO O TUTANO
Compositores
Gilberto (Giba) Trindade
Nirion Machado
Cristiano Fantinel
Intérpretes
Adair de Freitas
Cristiano Fantinel
Ritmo
Chamarra
CD/LP
                      23ª Tertúlia Musical Nativista
Festival
                      23ª Tertúlia Musical Nativista
Declamador

Amadrinhador


Firmando o Tutano
(GibaTrindade, Nirion Mchado, Cristiano Fantinel)

Acende o fogo, ceva o mate, meu parceiro,
Que esse costume é condição de gente amiga,
Proseada buena, mirando o dia acordar,
Enquanto a vida, enfeita o pampa de cantigas.

Encilha o pingo, é madrugada, companheiro,
Acerta o tino, que tem campo pra cuidar,
O tempo é escasso e lá pros lados castelhanos,
Tem armação e este aguaceiro vem pra cá.

Vamos de mano, ao coração desta fronteira,
Cumprindo a sorte de lutar nos mesmos pastos,
Firma o tutano, neste oficio de campeiro,
Deixe que a terra dê razão aos nossos rastros.
 
Encara a tarde, o sol que arde, companheiro
Ritual de campo onde o fronteiro se retrata,
Segue a labuta, com alma aberta dos que sabem,
Ver o valor de um bom amigo antes da “plata”.

Fim da jornada, a vida é bruta, meu parceiro,
Passa esse amargo e escuta a noite se encantar,
Outra proseada, pra exaltar lidas renhidas,
Por que amanhã tem campo e sonho pra cuidar.

O MEU SONHO DE CAMPEIRO

Título
O MEU SONHO DE CAMPEIRO
Compositores
Alex Silveira
Matheus Leal
Intérpretes
Matheus Leal
Ita Cunha
Ritmo
Chamarra
CD/LP
3ª Manoca do Canto Gaúcho
Festival
3ª Manoca do Canto Gaúcho
Declamador

Amadrinhador


O MEU SONHO DE CAMPEIRO
(Alex Silveira, Matheus Leal)

Uma boina repousando sobre um pala
Trempe e cambona junto as brasas do fogão
Um silêncio, meu olhar despreocupado
Procuro as coisas que são do meu agrado
E depois guardo no baú do coração

Quando vejo um paysano pela estrada
Penso e repenso d'onde vem sua existência
Será tropeiro, de comparsa ou domador
Que volta às casas pra rever a sua flor
Trazendo coplas de saudade da querência

Assim é a terra que escolhi pra o meu lugar
Com a rudeza, mas também com nostalgia
Fundo de campo que pra mim é um regalo
Tanto horizonte, rancho tosco e bom cavalo
E uma vontade de viver a cada dia

Mas hoje o rádio me deixou entristecido
Com as notícias que ouvi da sua voz
Fome de guerra pelas mãos destes malinos
Homens que teimam em mudar nosso destino
E destruir a paz do mundo que há entre nós

Quem sabe um dia eu consiga no meu sonho
Transformar a insensatez de um ditador
Pois vale tanto um "buenas tarde" na porteira
Mostrar que o mate ali na sombra da figueira
Pra minha gente tem muito mais valor.