Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Chaloy Jara. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Chaloy Jara. Mostrar todas as postagens

De Boca Em Boca

De Boca Em Boca
(José Atanásio Borges Pinto, Cenair Maicá, Chaloy Jara)

Andam falando por aí, de boca em boca
Que a nossa fibra e nossa garra esmoreceu
Que andam pisando em nosso pala
Quem consente é certamente porque a fibra já perdeu

Nosso cobre na guaiaca anda minguado
Pela coxilha nuvem negra campereia
A pátria grande olha pra além do horizonte
E aqui nos pago a incerteza nos maneia

Andam falando por aí, de boca em boca
Que a nossa fibra e nossa garra esmoreceu
Que andam pisando em nosso pala
Quem consente é certamente porque a fibra já perdeu

A nossa garra vem do tempo das patreadas
A nossa fibra é a semente do passado
E o destemor é porque nunca aqui nos pagos
Por estrangeiros nosso pala foi pisado

Andam falando por aí, de boca em boca
Que a nossa fibra e nossa garra esmoreceu
Que andam pisando em nosso pala
Quem consente é certamente porque a fibra já perdeu

Meus irmãos, abram gaitas e gargantas
Numa canção que leve a fé por onde ande
E um canto livre há de elevar-se nas coxilhas
Mostrando a raça deste povo do rio grande

Deixe que eles falem por aí, de boca em boca
Pois a nossa fibra e nossa garra não morreu
E ninguém pisa em nosso pala
Quem consente é certamente porque a fibra já perdeu

O sangue guapo dos heróis e dos valentes
Que ainda corre adormecida em nossas veias
Há de aquecer-se em novas rondas e vigílias
Nos dando força pra arrebentar as maneias

Deixem que eles falem por aí, de boca em boca
Pois a nossa fibra e nossa garra não morreu
E ninguém pisa em nosso pala
Quem consente é certamente, porque a fibra já perdeu