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A SOMBRA DE UM TAURA

TÍTULO
A SOMBRA DE UM TAURA
COMPOSITORES
LETRA
CAUÊ MACHADO
FÁBIO MACIEL
MÚSICA
ZÉ RENATO BORGES DAUDT
INTÉRPRETE
RAINERI SPOHR
RITMO
CD/LP
26º REPONTE DA CANÇÃO
À SOMBRA DE UM CINAMOMO
FESTIVAL
26º REPONTE DA CANÇÃO
DECLAMADOR
XIRÚ ANTUNES
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES


A SOMBRA DE UM TAURA
(Cauê Machado, Fábio Maciel, Zé Renato Borges Daudt)

Silêncio e paciência, num tranco de volta,
Topando o mormaço de mais um janeiro
Querendo encontrar a copa sombreira
Do umbu da porteira – amigo e parceiro.

Depois da coxilha o olhar vai-se embora
Chega antes de mim e encontra o galpão
Pois veio a imagem que antes não vinha
Da sombra que tinha restava um clarão...

O fio do machado levou meu parceiro!
Assim fui – matreiro – pensando comigo
Pois mais que uma sombra em frente das casas
Ali eu achava um abraço amigo...

Faltava a sombra pra atar meu zaino
Pra charla e um mate quebrando o fastio
Pra firmar os pingos recém encilhados
E os pingos da chuva nos meses mais frios...

E dentro de mim sobrava a saudade
Do velho parceiro que me viu guri
E um dia entregou-me o último aceno
Da primeira vez que me viu partir

Se fosse desgraça pro velho galpão
Ao erguer-lhe do chão mostrou ter raíz
Por isso, parceiro que por tanto tempo
Te vi por exemplo e me fiz aprendiz

Talvez o pior nem seja a saudade
Pois outros virão pras casas sombrear...
Mas sim quando o homem tem cismas de tempo
E decide as coisas sem nem questionar!

E nesta ausência da sombra
Eu vi meu avô – que Deus o bendiga
Pois mais que um abraço em frente das casas
Ali eu achava uma sombra amiga...



Na Meia Lua De Barro

Na Meia Lua De Barro
(Zé Renato Borges Daudt, Cauê Machado, Gustavo Oliveira)

Ao passo abanando as rédeas
Vem meu baio ao fim da lida
As vezes num contrapasso
Por uma ânsia contida...

De quem avista o galpão
Num fim de tarde silente
Enxergando cristalino
A mansidão a sua frente

E com ela vem a estrada
E um resto de fronteira
Que a poeira busca o tino
Toda vez que aperta a volta
Sei bem onde desencilho
O meu baio por parceiro
Nunca canso meu cavalo
Por querer chegar primeiro

E soube pelos caminhos
O que a vida nos revela
O que é trazer essência
E o que aprendemos com ela

Na meia lua de barro
Que o casco recém soltou
Ficou pelo galpão
O que a espora recortou


Intérprete: Marcelo Oliveira