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ALTO DO MORRO ALTO

TÍTULO
ALTO DO MORRO ALTO
COMPOSITORES
LETRA
CARLOS ROBERTO HAHN
MÚSICA
LORENO SANTOS
INTÉRPRETE
GISELLE FRUFREK
RITMO
MAÇAMBIQUE
CD/LP
03ª SALINA DA CANÇÃO
FESTIVAL
03ª SALINA DA CANÇÃO
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
MELHOR TEMA LITORÂNEO

ALTO DO MORRO ALTO
(Carlos Roberto Hahn, Loreno Santos)

Lá do alto do Morro Alto
Descendo para o mar
Vai subindo esse coro
Da congada a cantar

Lá do alto do Morro Alto
Até a areia da praia
Tem tambor ressoando forte
Ao guizo da maçacaia

Na  festa de maçambiques
ressoam sempre os tambores
dançando com repiques
Elevando seus louvores
  
Eles cantam tão  felizes
Que esquecem até suas dores

Dançantes maçambiqueiros
Vão  rufando os  tambores
Os pés  marcando no  chão
Libertando os  seus  amores

Vão sonhando nova aurora
Com raça e muita ginga
Fé. Devoção à Senhora
Saudando a  Rainha Ginga

Lá do alto eles divisam
Toda a beleza do mar
Não esquecem Mama África
Só não podem mais voltar

Em seu canto eles pedem
Por bênção e proteção
Mas hoje não temem mais
A sanha de um capitão

CALOS NÃO CALAM A FOME

Título
CALOS NÃO CALAM A FOME
Compositores
LETRA
CARLOS ROBERTO HAHN
MÚSICA
LEONARDO CHARRUA
Intérprete
LEONARDO CHARRUA
Ritmo
CHAMAMMÉ
CD/LP
11ª COXILHA NEGRA
Festival
11ª COXILHA NEGRA
Declamador

Amadrinhador

Premiações
1º LUGAR – LINHA NATIVISTA

CALOS NÃO CALAM A FOME
(Carlos Roberto Hahn, Leonardo Charrua)

Numa ronda calada,
Na calada da noite, calou-se um coração.
Mas o que cala mais fundo
É um mundo de calos que assombram suas mãos.

O que sonha esse homem de vãs esperanças plantadas no chão,
Ao compor sua vida na pauta de sonhos que aos poucos se vão?

O que ganha esse homem que irriga searas com água e suor,
Se só crescem caúnas na messe da sina de seu dissabor?

O que resta a esse homem além de lamentos e alguns poucos pilas?
Num restante de vida, é mais um que se perde na poeira das vilas.

O que sente esse homem que planta nas mesas farturas de pão?
É o joio do trigo que sequer tem abrigo em nossa gratidão.

O que busca esse pai que iludido se atrai pelos falsos brilhos,
Se os calos das mãos não calam a fome de seus próprios filhos?

O que resta a esse homem além de lamentos e alguns poucos pilas?
Num restante de vida, é mais um que se perde na poeira das vilas.

O que sente esse homem que planta nas mesas farturas de pão?
É o joio do trigo que sequer tem abrigo em nossa gratidão.

O que busca esse pai que iludido se atrai pelos falsos brilhos,
Se os calos das mãos não calam a fome de seus próprios filhos?

O que sonha esse homem...
O que ganha esse homem...
O que resta a esse homem...
O que sente esse homem...
O que busca esse pai?

Legado De Pai

Legado De Pai
(Carlos Roberto Hahn, Nílton Júnior da Silveira)

Meu filho, eu te digo, que nem sempre eu ligo
Pra o que falam de mim
Sei que, às vezes, a canha na razão se entranha
E eu me perco de mim

Por certo que a changa é somente uma canga
E em nada me adoça
Sou quase um bicho carregando o lixo
Nos varais da carroça

É o que cabe pra mim, e nunca vai ter fim
Carregar o imundo
Quem já foi bom domador, ter que sentir a dor
De servir de matungo

Aprendi que ser bom, bem mais que um dom
É o dever de um homem
Inda que ronde o rancho, como se fosse um carancho
O fantasma da fome

Não me ponho tristonho de saber que meu sonho
Não vai se realizar
Não me vêm dissabores, pois tenho valores
Pra poder te mostrar

Não deixei de te amar e o melhor quis te dar
Sem medir meu suor
Mesmo andando em pobreza, eu tenho plena certeza
De que fiz meu melhor

Bem sei que falta o pão e me dói o coração
Não poder te dar mais
Mas eu tenho a certeza de que em nossa mesa
Não faltou amor de pai