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Cansando O Cavalo

Cansando O Cavalo
(Gujo Teixeira, Luiz Marenco)

Por estas voltas de campo andei cansando o cavalo
Tocando o gado por diante mandando a vida pra frente
Sabendo que o sul pra gente é bem maior do que tantos
Tamanho os olhos dos outros querendo o verde dos campos

Andei rodando esporas sovando tantas badanas
Trazendo junto dos tentos minha querência em rodilha
Olhando a alma dos campos renascer junto as flechilhas
Mesmo que o verde mais lindo fique pra lá da coxilha

Por estas léguas manda cavalo
Mas vai tranqueando por diante
Que o mango vem de regalo

Mas ando sempre no tranco que minha prosa aguenta
Pois meu gateado sustenta as coisas quanto ele quer
Se tem o mundo por conta coiceia achirca e se some
Trocando a lida de ponta, perdendo a doma dos homens

Pra quem olhasse depois duas estampas pacholas
Levando o verde nos olhos e a querência a bate cola
Nem se daria por conta que o sustento vem da gente
E só bebe a melhor água quem descobrir a vertente

Por estas léguas manda cavalo
Mas vai tranqueando por diante
Que o mango vem de regalo

Só quando a lida me deixa descubro o mundo que eu vejo
Um pouco além da coxilha tão as coisas que eu desejo
Pra dizer bem a verdade são bem iguais as daqui
Mas sempre canso o cavalo só pra dizer que eu vi

Por estas léguas manda cavalo
Mas vai tranqueando por diante
Que o mango vem de regalo