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Boeira

Boeira
(Nenito Sarturi, Miguel Marques)

Quando a noite abre a cancela
Do invernadão do infinito
Surge a luz dos olhos dela
Pra quem vagueia solito

Ponteando a noite campeira
Na tropa do firmamento
Fiz uma estrela boeira
Parceira do meu lamento

Esta estrela solitária
Guiei luzeiros sem fim
É uma frincha imaginária
Clareando o mundo pra mim

Só tu boeira candente
Quente e ansiosa de abraços
Essa amante permanente
Guiando sempre meus passos

Engarupada de estrelas
A noite pinta nuances
Soprando o lume das velas
E o braseiro dos romances

Há um recuerdo em cada canto
Deste rancho abandonado
A saudade é um acalanto
Quinchando o peito cansado

O capim de Santa Fé
Aos temporais sucumbiu
Deixando sonhos no tempo
Num rancho triste e vazio

Só tu boeira candente
Quente e ansiosa de abraços
Essa amante permanente
Guiando sempre meus passos