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Baile Gaúcho


Baile Gaúcho
(Anomar Danúbio Vieira, Juliano Gomes)

Uma morena de cruzá em arroio fundo
Cosa mais linda do mundo, era o destaque da sala
De vez em quando se luzia e gavionava
E há tempos eu cobiçava pra debaixo do meu pala

Passou bailando e me largou um par de vistaço
Preparei um cavallaço sacando o folha de abóbra
Todo o fronteiro no entrevero se agigantava
Depois de um samba com fanta… tenho coragem de sobra!

Baile gaúcho, cordeona e china bonita!
Não se acredita no poder dessa infusão.
Livra os pecados, cura as malezas da vida
E cicatriza as feridas que afligem o coração

E assim levei a conversa, lembrando que a noite é pouca
Que sorte louca, me dá o prazer desta marca
Porque depois de nós se enredar num bailado
Nem raio, nem delegado, nem o teu pai nos aparta

E esta morena saiu manhosa se espiando
De soslaio me bombeando, ariscona prás conversa
Assim que eu gosto, quanto mais xucra, mais doce
- Qual o santo que te trouxe?
Que eu vou pagá uma promessa!

E se o gaiteiro for das bandas de Santana
De alma véia castelhana, vaqueano das madrugadas
Sabe que a volta pra um romance de primeira
É num tranco de fronteira, pra bailar de cola atada.