Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Baeta Colorada. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Baeta Colorada. Mostrar todas as postagens

Baeta Colorada

Baeta Colorada
(Adriano Alves, Raineri Spohr)

Desponta em alma de noite
Por sobre olhar de vida
Por ser chegada e partida
Sangrando em carnal vermelho
E a retina por espelho
Reflete e lua estampada
Na linda flor colorada
Que china prende o cabelo!

E pelo olhar feiticeiro
Sereno de tempo e céu
Pra o saludo no chapéu
De quem traz sonhos por dentro
E arrincona sentimentos
Que a noite por si conhece
Frente ao vermelho d’um leque
Que imita o bailar do vento.

Num rasguido compassado
De luzir tempo e espora
O lenço encarnado aflora
Na própria estampa campeira
Que se vê sangrar inteira
Em cada nota tirada
Na baeta colorada
Que é alma das três ilheiras.

E ao findar a sinfonia
De vida, sonho e candeeiro
Frente ao olhar do gaiteiro
Ressurge a linda guaiñita
Vermelho vestido em chita
E um sorriso por sinuelo
Oferta a flor do cabelo
E um beijo por despedida.

Retorna em alma de dia
Por sobre o olhar de vida
Por ser saudade e partida
Sangrando em carnal vermelho
Na retina por espelho
A luz do sol estampada
Na linda flor colorada
Que a china prendia o cabelo.