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Ao Trote No Silêncio

Ao Trote No Silêncio
(Evair Soares Gomez, Carlos Madruga)

Da ponta dos cascos bolcando a macega
Ao balanço da perna rodeando as chilenas
Ao trote no silêncio uma noite escura condena
Escutar a cantilena das encilhas do cavalo

Do laço nos tentos o barulho dos guizos
E um relho comprido ao arrastar da pontera
Vai rangendo as basteiras, na carona de couro
E a barbela do mouro sonando ao mascar do freio

Quem troteou no silêncio dessas madrugadas
Teve o estalo da "chala" que mingua o vento
Por birra ou lamento, apura o último pito
Pouco chão pra o ranchito, que não vejo faz tempo

Ao trote atiro o freio o mouro pedindo rédea
O vento deita a macega e se enreda no pega mão.
Golpeia a chave do arame junto a caneca enloçada
Que vem segura nas garra pra o desaiuno do dia

Segue arrodiando as chilenas o casco bolcando o pasto
A ringideira dos basto num recitado poema
A noite escura condena no trotear da madrugada
Romper o silêncio da estrada as encilhas do cavalo

Quem troteou no silêncio dessas madrugadas
Teve o estalo da "chala" que mingua o vento
Por birra ou lamento, apura o último pito
Pouco chão pra o ranchito, que não vejo faz tempo