Barranca E Fronteira
(Antonio Fagundes, Luis Telles)
Quando chega o domingo, eu encilho o meu pingo que troteando sai
Rumo as velhas barrancas e histórias tantas do Rio Uruguai
Eu sou fronteiriço de rédea e caniço e o perigo me atrai
Sou de Uruguaiana, de mãe castelhana igual ao meu pai
Se a terra não é minha, se a vida é mesquinha o que se há de fazer
Mais um sonho nasceu e o rio se fez meu e nele vou descer
Vai encontrar quem espera morena e sincera que é o meu bem querer
Meu momento é aí no chão onde nasci e onde vou morrer
Tem o verde do campo nos seus olhos
E o feitiço maleva que é puro veneno no caminhar
Uma noite serena adormece morena em seus cabelos
E seu corpo bronzeado é um laço atirado a me pealar
Tristeza e alegria são meu dia a dia já me acostumei
Sou de campo e de rio, faça sol, faça frio lá domingo estarei
Barranca e fronteira, canha brasileira assim me criei
Com carinho nos braços galopo aos meus passos e me torno um rei
Agora o meu dia a dia só tem alegria, tristeza deixei
Encontrei na verdade a outra metade que tanto busquei
Barranca e fronteira, canha brasileira feliz estarei
Com carinho nos braços da prenda, os abraços e me sinto um rei
Tem o verde do campo nos seus olhos
E o feitiço maleva que é puro veneno no caminhar
Uma noite serena adormece morena em seus cabelos
E seu corpo bronzeado é um laço atirado a me pealar
Agora o meu dia a dia só tem alegria, tristeza deixei
Encontrei na verdade a outra metade que tanto busquei
Barranca e fronteira, canha brasileira feliz estarei
Com carinho nos braços da prenda, os abraços e me sinto um rei
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Canto Alegretense
Canto Alegretense
(Antonio Fagundes, Bagre Fagundes)
Não me perguntes onde fica o Alegrete
Segue o rumo do seu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e violão
Prá quem chega de Rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no Rio Ibirapuitã
Ouve o canto Gaucheso e Brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy
E na hora derradeira que eu mereça
Ver o sol alegretense entardecer
Como os potros vou virar minha cabeça
Para os pagos no momento de morrer
E nos olhos vou levar o encantamento
Desta terra que eu amei com devoção
Cada verso que eu componho é um pagamento
De uma dívida de amor e gratidão
Ouve o canto Gaucheso e Brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy
(Antonio Fagundes, Bagre Fagundes)
Não me perguntes onde fica o Alegrete
Segue o rumo do seu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e violão
Prá quem chega de Rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no Rio Ibirapuitã
Ouve o canto Gaucheso e Brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy
E na hora derradeira que eu mereça
Ver o sol alegretense entardecer
Como os potros vou virar minha cabeça
Para os pagos no momento de morrer
E nos olhos vou levar o encantamento
Desta terra que eu amei com devoção
Cada verso que eu componho é um pagamento
De uma dívida de amor e gratidão
Ouve o canto Gaucheso e Brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy
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