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Cururuai


Cururuai
(Harry Rosa, Alvandy Pereira Rodrigues, Delce Rosa)

Das madrugadas de um caminho ameno
Nas águas puras do Cururuai
Onde os colonos viram novo Reno
Pesqueiro farto do meu Pai-Guri
A correnteza leva a história antiga,
Fica a saudade pra eu cantar aqui...
Veias do vale hoje tão poluídas
Trazem escondidas o sangue imigrante
O povo, a fauna, a flora, a alma, a vida
Até se calam frente a essa ganância
Que não descansa, ataca o próprio vento
(Clarim mui xucro, sonho itinerante).

Rio dos Sinos — Cururuai
Chora enchente a agonizar
No teu leito já não vejo
Alegria a navegar...

Mas apesar da triste realidade
Que ameaça hoje nova geração
Vou resistir nas várzeas e canhadas
A emboscada dessa poluição
Que nesse jogo de cartas marcadas
Chama progresso essa vil invasão...
Tu, descendente dessa feitoria
és nova cria que há de cantar
Nos festivais, galpões e parlamento
Contra a violência que se fez aqui
Porque em seu leito não dorme tranqüilo
O Rio dos Sinos — Cururuai.