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Ode Ao Peão De Estância

Ode Ao Peão De Estância
(Rubens Dario Soares, Algacir Costa)

Vi campos e flores, vi ranchos perdidos
Medindo distâncias no lombo do vento
Cantigas alçadas que vêm de outras eras
E sangas profundas que agora dão vau

Vi campos imensos agora desertos
Sem gado, sem nada, só terra lavrada
Pra novas culturas, com rendas seguras para o senhorio
E o pobre peão ficou sem trabalho
Rondando o borralho e o fogo de chão
Sem bóia, sem pão, no rancho vazio

Tapera plantada dormindo no tempo
Outrora vivenda modesta, sem luxo
E onde o gaúcho, depois dos rodeios
Mateava co’a china segredos de amor

Ao som da viola com seus bordoneios
Cantava cirandas todinhas pra ela
À luz das estrelas de raro esplendor
Agora sem nada, perdido e teatino
Troteando o destino, não tem parador

Vi campos e flores, vi ranchos perdidos
Medindo distâncias no lombo do vento
Vi campos e flores, vi ranchos perdidos
Medindo distâncias no lombo do vento
Medindo distâncias no lombo do vento
No lombo do vento



Ode Ao Peao De Estancia - Os Fronteiriços by Guascaletras