Nos
Caracóis do Meu Mate
(Nenito Sarturi, Airton Dorneles)
Ando campeando guarida, nos caracóis do
meu mate
Busco razoes para a vida quando a saudade
me bate
Na solidão que atropela o breu da noite
encardida,
Por vezes fico a janela bombeando a
estrada comprida
Nesses momentos fugazes
A tua imagem vem pedir passagem
Ao meu pensamento:
Sem perceber que judia
Sorrindo me espia e traz nostalgia
Nas asas do vento
A lua-parceira ingrata que abandonou-me
na estrada
Crava as rosetas de prata na ilharga da
madrugada,
Só o mate amargo lavado que já me abriu
tantas portas
Vara a noite ao meu costado, na ronda das horas
mortas