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SENHORA DOS PESCADORES

TÍTULO
SENHORA DOS PESCADORES
COMPOSITORES
LETRA
VALÉRIA PISAURO
MÚSICA
ADRIANO SPERANDIR
INTÉRPRETE
ADRIANA SPERANDIR
RENATO JÚNIOR
RITMO
CANÇÃO LITORÂNEA
CD/LP
03ª SALINA DA CANÇÃO
FESTIVAL
03ª SALINA DA CANÇÃO
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
MELHOR ARRANJO

SENHORA DOS PESCADORES
(Valéria Pisauro, Adriano Sperandir)

Te sonhei sereia, festa em lua cheia,
Rainha de oceanos inteiros,
Vazante canto, tamboreiro
Herança viva de Açores,
Une as terras mais distantes...
Estrela do mar que encandeia,
Os remadores de sonhos.

Oh, minha Senhora,
Luz que ilumina,
Navega sem descansar.
Carrega oferendas
Para o fundo das águas
A encantar, a encantar....

Senhora dos pescadores, estrela do mar,
Espelho de prata que enlaça,
Graça acolhida pela carícia,
Recolhe as velas dos temporais.
Aconchego de conchas e vidas
Guia as águas e o vento sul
Com o azul de teu vestido.

Velas


Velas
(Nilton Júnior da Silveira, Adriano Sperandir)

Uma leve brisa a me abraçar
E um braço forte me sustenta
Meu caminho é um leme quem guia
E posso ao vento me entregar

O meu véu desfralda tantas cores
Que somente eu consigo vê-las
E escuto um sopro dizendo
Que já é hora de zarpar

Vou abrir os meus braços de velas
Pra saciar os meus anseios de mar
Tons de azul formando salino leito
Embalam o meu sonhar

Devaneios tenho ao navegar
Pois não sinto cordas me prendendo
Penso ser maior que o oceano
Ao erguer minhas velas pra voar

Mesmo enfrentando tempestades
Não deixo à deriva o coração
E quando o medo apaga uma vela
Acendo a chama sem chorar

Vou fechar os meus braços de velas
Pois chegou a hora de aportar
Me recolho encharcada de rumos
E volto a sonhar...

Clave De Vento


Clave De Vento
(Jaime Vaz Brasil, Adriano Sperandir)

Sair do poço é sangrar os dedos
Dos pés, da alma, dos veios e veias
Deixar-se preso, mergulhar no espelho
Nadar na insônia das secas e cheias

Abrir o novo é rasgar as águas
Sem barco ou leme
Sem ter porto ou cais
É voar sozinho em clave de vento
Gritar nos olhos cada nunca mais

Ver-se por dentro é morder a entranha
Do que é estranho, do que não se explica
Cravar as garras no próprio destino
No desatino de quem parte ou fica

Viver a vida é dançar no abismo
Sem ter cordames na raiz do medo
É ter a alma solta
E nas algemas morrer bem tarde
Mesmo sendo cedo

Abrir o tempo é rever lembranças
Do que em pequeno era dor e espanto
Viver a pleno cada desespero
Mesmo sem colo para o acalanto

Saber da vida é pensar vivendo
O que sabemos pouco nos demora
Contar segundos é sempre um a menos
Por mais que o tempo estale nas esporas

Abrir os olhos é rever retratos
Gastar as unhas contra a ventania
Até o quando de abraçar a hora
Que engole a sombra
E adormece o dia