Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador 07ª Ronda da Canção Gaúcha. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 07ª Ronda da Canção Gaúcha. Mostrar todas as postagens

POTREIRO

Título
POTREIRO
Compositores
LETRA
FABIO MACIEL
MÚSICA
ZÉ RENATO DAUDT
Intérprete
RICARDO BERGHA
Ritmo
MILONGA
CD/LP
07ª RONDA DA CANÇÃO GAÚCHA
Festival
07ª RONDA DA CANÇÃO GAÚCHA
Declamador

Amadrinhador

Premiações


POTREIRO
(Fábio Maciel, Zé Renato Daudt)

Costeando a casa da estância,
O galpão e as mangueiras,
O potreiro se estendia
Criando quatro fronteiras...
Pra quem ainda guri
Por saber pouco das domas
Costeava a própria lida
Tranqueando num faz de conta!

Sempre saía ao tranquito,
Pelo carreiro do gado
Pra imitar algum pingo
Levava o corpo ladeado
E tal se firmasse as rédeas,
A mão canhota “erguia”
Trazendo sempre sujeita
A zaina da fantasia

Solito e num tranco manso
Cruzava a tarde “no arreio”
Pra recorrer toda “estância”,
Sem nem sair dum potreiro...
Pois basta pra ser doutor
Na lida simples que falo
Ir “de a pezíto” no mais
Tal se estivesse a cavalo

Junto à cintura firmada
Tinha uma piola em rodilhas
Copiando o laço nos tentos
Golpeando anca e encilha
Pois só quem vai “campereando”
Entende bem o que passa
“Causo” um refugo na idéia
A corda era um dez braça!

O alecrim junto a mão,
- sem ramas e mais parelho -
Batendo à volta da perna
Era o respeito de um relho...
Pois sempre inventava balda,
- com alma e sina de arteiro -
Pra pôr o pingo “nos trilho”
E se mostrar mais campeiro!

Deixei um dia a querência
Tranqueando rumo ao povoeiro
E o tempo mostrou com calma
Que a vida é mais que um potreiro
E aos poucos fui percebendo
Conforme andei pela estrada
Quem imagina seu mundo
Precisa pouco, ou nada!