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Romance De Um Peão Posteiro


Romance De Um Peão Posteiro
(Adair de Freitas, Ricardo Martins)

Quando volto as casa num final de tarde,
Venho assoviando uma coplita mansa;
Meio “basteriado” pela dura lida
Mas meu coração canta de esperança.

Sei que me esperam junto da janela...
Dois olhos matreiros presos na distância
-É a dona do rancho que sai porta fora
Pra os braços rudes deste peão de estância.-

É um rancho posteiro num fundo de campo...
Meu pequeno mundo que eu mesmo fiz;
Como por encanto torna-se um palácio
Pra prenda rainha que me faz feliz.

Esta prenda linda prendeu meu destino,
Não sou mais teatino, veja o que ela fez
E ao olhar seu ventre sei com ansiedade
Que em breve no rancho, nós seremos três

Vou aumentar o rancho pois sou prevenido,
Já tenho escolhido um pingo pra o piá,
Vai ser meu parceiro pras horas de mate
Maior alegria que está não há.

Quem tem o que tenho, vai me dar razão
(De cantar alegre galopeando ao vento)
A saudade é um chasque pra mulher amada
Que me invade o peito, coração a dentro...

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