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Fandango Na Fronteira

Fandango Na Fronteira
(Noel Guarany)

Vou te contar bem direitinho,
De um fandango na fronteira;
Vaneirão se dança chote,
Também se dança rancheira;
Os gaúchos são valentes,
E as chinocas são faceiras;
E os índios tinem esporas,
No balanço da vaneira!

Este fandango que eu falo,
É na fronteira do estado;
Primeira estância da querência,
No Rio Grande é o mais falado;
E lá dos pagos missioneiros,
É a catedral chucra do pago!

Prá dançar lá na fronteira,
O salão sempre é folgado;
São gaúchos caprichosos,
Sempre estão bem arrumados;
Guaiaca, bombacha larga,
Lenço branco ou colorado!

Vou te contar bem direitinho,
Das chinocas missioneiras;
Dos olhares feiticeiros,
Carinhosas e candongueiras;
Umas que são argentinas
E outras que são brasileiras!

Quando vem clareando o dia,
Que já termina o fandango;
Se ouve o ronco dos trinta,
E o forte estalo de mangos;
Mas não é briga, não é nada,
São os gaúchos pacholeando!

E foi assim que eu te contei,
Que é um fandango na fronteira;
Vaneirão se dança chote,
Também se dança rancheira;
Os gaúchos são valentes,
E as chinocas são faceiras;
E os índios tinem espora,
No balanço da vaneira!

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