(Eduardo
Soares, Fabricio Harden)
Cruzou
um peão de campo, na frente das casas
Pingando
as abas do velho chapéu
O
poncho da lida abriga em seu rancho
Campeiro
e arreios das manhas do céu
Não
se livra encilha, por mais tempo feio
Naqueles
potreiros que têm parição
Se
achega o setembro, vem pasto e terneiros
Pra
o ano inteiro crescer parição
E
hoje a estâncias precisam em seu campos
Rodeios
de cria com mossa na cola
Já
inseminados gerando um terneiro e desmamando outro
Pra
não ser esmola
Quem
vive no campo e conhece o serviço
Tem
por compromisso a lida que encerra
Pois
campos povoados, cumprindo sua sina
Garantem
sustento e a posse da terra.
Se
os campos gaúchos, campanha e fronteira
Tomarem
a dianteira com sua produção
Serão
mais tranqüilos os finais de tarde
Pra
o mate dos buenos junto do galpão
Então
nas estâncias, os homens da encilha
Irão
pra coxilha pararem rodeio
Mas
de um gado Bueno que ao longo do tempo
Garanta
o sustento da paz como esteio
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