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Alma De Palanque

Alma De Palanque
(Thunao Pereira, Walther Morais)

Na estância das casuarinas
Eu fiz minha fama de mau
Por deixar os aporreados
Salinos de tanto pau.
Sou domador e me gusta
Montar de em pelo ou no arreio
Pois quando salto pro lombo
Nem com promessa eu me apeio.

Meus amuletos campeiros
É que me dão proteção
Um par de espora de aço
E um mango firme na mão

Fui criado nesta lida
Que hoje me dá o sustento
Não é de agora que eu monto
Já faz um lote de tempo.
Vivo grudado no lombo
Desses veiacos malinos
E é num pulo de potro
Que eu traço o próprio destino.

Se um louco salta berrando
Cravo a espora e não me espanto
E o mango bate cruzado
Como quem benze quebranto.
Tenho a alma de palanque
E o coração que é maneia
Por isso essa afinidade
Com bicho que corcoveia.

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